O ano de 1982 foi cheio de fortes emoções. Guerra das Malvinas, Paolo Rossi eliminando uma das melhores seleções que o Brasil apresentou em Copas do Mundo (das que eu vi jogar, a melhor), primeiras eleições pra governador no Brasil após anos de ditadura, o fantástico Gilles Villeneuve morria nas pistas de F1 pilotando sua Ferrari... E eu era um fedelho que achava que estava virando gente :D Neste ano, começou o grande boom de bandas de pop / rock / new wave que mudaria completamente o cenário musical do nosso país. E um dos responsáveis foi uma tal de Blitz.
Mesmo com o fantasma da censura rondando o meio artístico, o músico Lobão e alguns integrantes do grupo de teatro Asrúbal Trouxe o Trombone formaram essa banda de som animado e letras bem humoradas. Lobão pulou fora assim que lançaram este primeiro disco, por não querer assinar com a EMI. Eis que o fedelho aqui ouviu na rádio recém apresentada por uma de suas irmãs e assim ficou fascinado pelo som da banda.
Ganhei o disco de presente, e considero-o como meu rito de passagem: foi meu primeiro disco não-infantil. No vinil, as marcas do bom humor da Blitz versus a ferocidade da censura ainda existente: duas faixas vieram inutilizadas, por determinação da censura: "Ela quer morar comigo na Lua" e "Cruel cruel esquizofrenético blues". (ah se eles soubessem que anos depois lançariam 'Cerol na mão', 'Tô atoladinha', 'Fogão Dako' e outras piores...).
Não sei se é por influência dessa memória afetiva, mas eu acho o disco muito bom e muito divertido até hoje. E vou dizer a vocês: não tem UMA MÚSICA que eu não tenha ouvido muito! O grande sucesso do disco foi a clássica "Você não soube me amar", mas eu gosto de todas as outras, quase que na mesma intensidade.
O vinil eu não tenho mais, nem o CD, mas as músicas seguem firmes e fortes no meu HD. Algumas, também no iPod e no celular.
A faixa que mais ouvi neste disco
Acreditem ou não: "Totalmente em prantos" e "Volta ao mundo", divertidíssimas
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
O nome da banda surgiu segundo Lobão de uma analogia ao The Police, que fazia um senhor sucesso na época: "Se eles são a polícia, nós somos a blitz"
Um pedacinho do disco:
quinta-feira, 31 de março de 2011
#185 Blitz, "As aventuras da Blitz"
Letra e música do Navegante às 09:08 1 comentários
Marcadores: blitz, brock, evandro mesquita, new wave, pop rock br
quarta-feira, 30 de março de 2011
#184 Vários, "Plunct Plact Zuum"
Cada geração tem o seu conjunto de músicas infantis, que de certa forma levam na memória por toda a vida. A minha geração pegou justamente a época da abertura do mercado musical pós censura, e com isso cresci com Balão Mágico, Trem da Alegria e com os especiais infantis da Globo.
Letra e música do Navegante às 12:56 3 comentários
Marcadores: 80s, infantil, plunct plact zuum, raul seixas
terça-feira, 29 de março de 2011
#183 Trilha Sonora, "Judgment Night"
Letra e música do Surfista às 07:50 1 comentários
Marcadores: Cypress Hill, Hard Rock, Ice-T, Pearl Jam, Rap, Trilha Sonora
segunda-feira, 28 de março de 2011
#182 Zeca Pagodinho, "Acústico MTV"
O projeto Acústico da MTV, depois de revitalizar a carreira de muita gente boa do pop rock brasileiro dos anos 80, partiu para outras praias. Entre elas, o samba de raiz. Sim, porque eu não consigo rotular o som de Zeca Pagodinho e colocar no mesmo balaio com trocentos outros grupos de pagode, muito inferiores na minha opinião.
Como o polêmico Zeca tem uma longa estrada de músicas de sucesso, esse acústico MTV caiu como uma luva para fazer uma estilosa retrospectiva de sua carreira. Foi lançado em 2003, mas eu só vim a comprar no final de 2005, numa fase bastante instável da vida. E aí que digo que ele é um diferencial: suas músicas de um modo geral passam uma mensagem otimista, de bem com a vida, e posso até dizer que muitas das músicas mostram o que é ser autenticamente carioca. Taí, o Zeca é um dos meus estereótipos de carioca!
Já tinha visto um show do Zeca no ano 2000, mas nada de ter um CD dele. Talvez estivesse esperando uma coletânea, e se foi isso me dei muito bem. Praticamente todas as principais músicas dele estão lá. Desde a clássica "Quando eu contar (Iaiá)" até a bem humorada "Não sou mais disso", passando pelo "hino" da conquista do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira "Deixa a vida me levar (vida leva eu)". Ok, uma exceção: "Faixa amarela", que eu me amarro. Mas não deixa a desejar por isso. Se você curte samba de raiz, esse disco é OBRIGATÓRIO! Mesmo se você abominar pagode.
A faixa que mais ouvi neste disco
"Seu balancê", uma bela canção de Toninho Geraes
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Vai vadiar" é uma das poucas músicas do tipo dor de cotovelo que eu gosto, talvez por demonstrar alguma atitude. Ou talvez por eu ter descoberto quando terminei um namoro longo sem ficar lamentando o próprio destino ;)
Um pedacinho do disco:
Letra e música do Navegante às 12:28 3 comentários
Marcadores: Acústico, partido alto, Samba, zeca pagodinho
domingo, 27 de março de 2011
#181 Yo La Tengo, "I Can Hear the Heart Beating as One"
Letra e música do Surfista às 08:40 0 comentários
Marcadores: Bossa Nova, Indie, Yo La Tengo
sábado, 26 de março de 2011
#180 Simon & Garfunkel, "The concert in Central Park"
Minha história com esse disco é bem parecida com a que contei d'O Grande Encontro. Eu era um fedelho que ainda estava na transição entre músicas infantis (Balão Mágico, mas também as boas músicas de Toquinho e Vinícius para o especial "A Arca de Noé", bem como as pop-infantis de "Plunct Plact Zum", do qual falarei muito em breve). Minha irmã mais velha é do tipo que ouve sempre a mesma coisa quando gosta, e com isso eu sofri várias lavagens cerebrais quando era criança :D Uma delas foi com Simon & Garfunkel.
É sério: eu ouvia esse disco por tabela umas 10 vezes por dia! E, claro, odiava. Passaram os anos, e fui aos poucos incorporando músicas do duo estatunidense ao meu dia a dia. Quando me dei conta, me rendi de vez a esse disco, gravado num show gratuito do duo no Central Park (NY) em setembro de 1981, reunindo um público de cerca de 500 mil pessoas. No repertório, músicas deles (final da década de 60) e algumas músicas da carreira solo de Paul Simon, gravadas durante a década de 70.
Não sei dizer se é memória da infância ou não, mas algumas versões são simplesmente emocionantes: destaque para "The sounds of silence", "Scarborough Fair", "The boxer", "Bridge over troubled water" e "America".
A faixa que mais ouvi neste disco
Tanto "The sounds of silence" quanto "Scarborough Fair"
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
A música "Scarborough Fair" não é da dupla. É uma música tradicional inglesa, cantada por bardos na Idade Média fazendo referência a uma feira anual que acontecia na cidade de Scarborough onde os feudos próximos comercializavam seus produtos, mas faz uma alusão a um amor impossível de se concretizar, onde são colocados diversos empecilhos para tal. Os dois tiveram contato com a música ao visitar a Inglaterra na década de 60 e resolveram gravar essa versão. E eu sou obcecado por essa música desde que a ouvi na trilha sonora do filme "The graduate" (que aqui se chama "A primeira noite de um homem", com um Dustin Hoffman em início de carreira)
Um pedacinho do disco:
Letra e música do Navegante às 08:49 1 comentários
Marcadores: art garfunkel, folk rock, paul simon, pop rock
sexta-feira, 25 de março de 2011
#179 Wilson Pickett, "Take Your Pleasure Where You Find It"
Letra e música do Surfista às 09:25 0 comentários
Marcadores: 70s, Black Music, Funk, Soul, Wilson Pickett
quinta-feira, 24 de março de 2011
#178 Banda Eva, "Banda Eva ao Vivo"
O carnaval passou, mais uma vez eu não fui pra Salvador, e eu fiquei aqui pensando no porquê de eu nunca ter ido pra lá. Hoje eu nem curto ouvir axé, mas tenho boa memória musical de discos e músicas que ouvi bastante nos anos 90, e que seriam motivo suficiente pra eu arriscar meu bolso e meus pertences a uma incursão nos blocos baianos. Foi nesse exercício de memória que lembrei desse disco, com certeza um dos que mais ouvi do gênero.
Gravado em 1997 na Bahia e lançado no mesmo ano, pegou um dos grandes momentos de popularidade da Banda Eva com Ivete Sangalo como vocalista. Foi justamente a época que eu frequentei micaretas, ia pra boates que tocam house, hip hop e afins, e essas mesmas boates mantinham sequências inteiras de músicas de axé, que invariavelmente lotavam as pistas. Logo, na época foi um CD obrigatório na minha coleção, mas que eu dei de presente para uma prima alguns anos depois.
Esse CD animou bastante as festinhas que fui, mas principalmente os 'esquentas' antes de shows e festas. Nessa época, o Metropolitan (atual Citibank Hall) sediava shows de axé praticamente todo mês, e o costume da galera da época era abrir a mala dos carros no estacionamento do Via Parque, colocar o som rolando e já ir calibrando as idéias (geralmente com cerveja, mas também rolava vodka, whisky, tequila...). Perdi a conta de quantas vezes fiz isso com o povo da faculdade.
A faixa que mais ouvi neste disco
"Vem, meu amor", cover de música do Olodum
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Foi numa rodinha de amigos e agregados numa boate do Rio que eu conheci minha primeira namorada séria, em 1998 (com quem fiquei cerca de 3 anos). A música? "Arerê", um dos grandes sucessos deste disco
Um pedacinho do disco:
Letra e música do Navegante às 08:28 3 comentários
Marcadores: Axé, banda eva, Ivete Sangalo
quarta-feira, 23 de março de 2011
#177 R.E.M., "Around the sun"
Letra e música do Surfista às 08:59 2 comentários
terça-feira, 22 de março de 2011
#176 Lemonheads, "It's a shame about Ray"
O Lemonheads não é exatamente uma banda do movimento grunge, mas fez relativo sucesso por aqui entre a galera alternativa nessa mesma época. Ficou conhecida por fazer um cover ótimo de "Mrs. Robinson" (de Simon & Garfunkel), e aliado a uma boa exposição na mídia (leia-se músicas na MTV e nas rádios), vendeu muito bem esse disco, o quinto da carreira da banda e o primeiro a fazer relativo sucesso. De qualquer forma, o som até lembra alguma coisa do grunge, mas talvez sem o peso característico da maior parte da galera de Seattle.
É mais um dos excelentes discos lançados em 1992 (ps: um dia vou escrever um post só sobre os grandes discos deste ano!), época em que eu era um ávido consumidor de rock, indie e college rock. Ou seja, comprar esse disco era uma questão de tempo.
A versão que eu achei na Gramophone na época era a original, sem a inclusão de "Mrs. Robinson", que só ocorreu em tiragens posteriores devido ao sucesso do cover nas rádios. Mesmo assim, o disco tem muitos momentos ótimos e me acompanhou em várias viagens (seja nos ônibus pelo Rio de Janeiro no walkman, seja em viagens interestaduais). Algumas músicas contam com a participação da rockeira Juliana Hatfield no baixo e nos vocais, ela que é muito amiga de Evan Dando (esse nome... :D), vocalista e líder do Lemonheads.
A faixa que mais ouvi neste disco
Apesar do grande sucesso de "Mrs. Robinson", "Confetti" e "It's a shame about Ray", a que mais ouvi disparado foi "The turnpike down"
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Na época que ouvia pacas esse disco eu era apaixonado por uma menina grunge, e acho que foi meu primeiro amor platônico que virou realidade. Não deu grandes frutos, mas foi marcante. E sempre que ouço "Hannah & Gabi" me lembro dela e daquela época. Mesmo que ela não se chame Hannah nem Gabi.
Eu ia escrever aqui alguma gracinha relacionando a 'margem' do sobrenome de Evan com o fato dele ter sido eleito um dos 50 homens mais bonitos pela revista People em 1992-1993, mas seria óbvio demais. :D
Um pedacinho do disco:
Letra e música do Navegante às 09:01 0 comentários
Marcadores: alternative, Indie, lemonheads, Rock
segunda-feira, 21 de março de 2011
#175 Falamansa, "Deixa Entrar"
Letra e música do Surfista às 09:09 1 comentários
domingo, 20 de março de 2011
#174 Suede, "Suede"
Na época do lançamento, um escândalo. Tudo por conta de um beijo andrógino em sua capa. Sim, o Suede chegou pra causar no mercado. Estratégia de marketing ou não, os caras eram muito bons, e com isso já estrearam com esse disco no topo das paradas britânicas. Segundo a revista Melody Malker, eles eram "The Best New Band In Britain", que virou uma frase meio recorrente para todas as bandas expressivas do britpop nos anos 90. Mais do que isso, esse disco do Suede é considerado por muitos como o pontapé inicial do britpop, embora muita gente atribua isso ao primeiro disco do Blur (Leisure), apesar do forte apelo de 'Madchester' (como era conhecida a cena musical de Manchester na virada dos anos 80 para os anos 90) que ele tem.
Ok, falei demais, voltemos ao disco: ele não chegou ao topo das paradas britânicas à toa. Um excelente trabalho da banda inglesa formada por Brett Anderson (vocais), Bernard Butler (guitarra), Mat Osman (baixo) e Simon Gilbert (bateria). A música "The Drowners" tocou até cansar na MTV na época, mas além dela o disco inteiro tem muita coisa boa, variando do rockzinho dançante às baladas melancólicas, tipicamente ingleses. Isso não parece familiar? Sim, foram muito comparados ao The Smiths. Não sei exatamente o porquê, mas nos EUA eles são conhecidos como "The London Suede". Vai ver tem algum grupo americano inexpressivo com esse nome, mas o bairrismo os impede de dar o devido tratamento (vide essa mania de chamar futebol de soccer, sendo que o esporte deles mal usa os pés, mas isso não é assunto pra cá :D)
Assim que lançou, aluguei o CD pra ouvir e acabei comprando uma cópia pra mim. Ouvi bastante nos tempos de faculdade, mas algumas músicas escuto até hoje
A faixa que mais ouvi neste disco
"Metal Mickey" e "She's not dead", cada uma ao seu estilo
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
O meu auge ao ouvir esse disco foi no finalzinho da faculdade, quando juntava com uma galera pra fazer happy hour e voltava muito tarde pra casa. Isso especialmente às segundas-feiras, quando os bares do Baixo Gávea ficavam cheios de gente interessante de todas as tribos até o amanhecer da terça. Basta ouvir alguma música desse disco pra lembrar dessa época (ou seja, se eu lembro, eu nem bebi tanto assim, né?)
Um pedacinho do disco:
sábado, 19 de março de 2011
#173 Beastie Boys, "Ill Communication"
Letra e música do Surfista às 08:30 0 comentários
Marcadores: 90s, Beastie Boys, Black Music, Rap, Rock, Soul
sexta-feira, 18 de março de 2011
#172 R.E.M., "Green"
Época de escola, e na minha turma tinha uma menininha bodyboarder que ouvia muito som maneiro, por conta das músicas que tocavam nos campeonatos. Eis que num dos nossos papos sobre música ela me empresta uma fita cassete, com músicas gravadas direto do rádio (mais precisamente da saudosa Fluminense FM). Entre elas, estava "Stand", do R.E.M. Durante muito tempo, essa música era sinônimo de R.E.M., e eu na minha santa inocência musical achava que todas as músicas deles tinham mais ou menos esse estilo.
Passou um tempo, conheci outras músicas do R.E.M., me encantei de verdade com "It's the end of the world as we know it", mas ainda não tinha nenhum disco da banda. Até que no dia que minha mãe comprou o primeiro CD Player lá de casa, ela deixou que eu comprasse 3 CDs à minha escolha pra ouvir no dito cujo: "On every street" (Dire Straits), "The Real Thing" (Faith No More) e esse aqui do R.E.M. Estes, aliás, são dos poucos CDs que eu tenho até hoje.
O disco ao meu ver é uma senhora evolução em relação ao Document, que é um tanto inconstante na minha opinião. Tem umas músicas com apelo bem pop (como "Stand" e "Pop Song 89"), mas no geral segue o estilo folk rock alternativo dos discos anteriores. Mesmo assim, tem algo na sonoridade das músicas que pra mim parece ter um algo mais. Teve "Orange crush" como um dos grandes sucessos (na qual Michael Stipe canta com um megafone), mas pra variar gosto mais das menos conhecidas da massa, como "You are the everything" e "World leader pretend". Até então era um dos meus preferidos (junto com o "Murmur"), mas aí a banda se superou e lançou dois discaços (muito bem abordados pelo Surfista): Out of Time e Automatic for the People (esse último, o meu predileto)
A faixa que mais ouvi neste disco
Empate técnico: "You are the everything" e "Pop Song 89"
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Foi no período pré-gravação deste disco que os músicos da banda resolveram aprender a tocar outros instrumentos musicais e trocar de instrumento durante as gravações, numa tentativa de buscar uma sonoridade ligeiramente diferente e não cair na cilada de gravar discos muito parecidos uns com os outros. E foi graças a isso que Peter Buck aprendeu a tocar bandolim, que virou uma das marcas registradas da banda em trabalhos futuros
Um pedacinho do disco:
quinta-feira, 17 de março de 2011
#171 The Simpsons, "Sing the Blues"
Letra e música do Surfista às 08:34 1 comentários
Marcadores: Blues, Rock, The Simpsons, TV
quarta-feira, 16 de março de 2011
#170 The Cure, "Disintegration"
O The Cure pra mim já não era novidade. Depois de muito ouvir "Boys don't cry" e "In-between days", estava ávido por mais músicas da banda. Não estava iludido: sabia que um disco deles não seria uma repetição destes sucessos, mas queria conhecer melhor suas músicas. Entrava a década de 90, e chegava às lojas um elogiadíssimo disco da banda. Não tive dúvidas, e tive o dinheiro :)
Letra e música do Navegante às 08:45 0 comentários
Marcadores: eighties, gothic rock, Rock, the cure
terça-feira, 15 de março de 2011
#169 Jimmy Page & Robert Plant, "No Quarter"
Letra e música do Surfista às 08:01 7 comentários
Marcadores: Jimmy Page, Led Zeppelin, Música Egípcia, Robert Plant, Rock
segunda-feira, 14 de março de 2011
#168 Pixies, "Surfer Rosa"
Já falei aqui dos outros 3 discos do Pixies, e deixei por último o que mais me impactou. E não falo só da bela modelo fazendo o papel de "Rosa" na capa. Sinceramente, se você ainda acredita em rótulos musicais para bandas, deveria ouvir esse disco. É impossível colocar um rótulo existente para esse trabalho de Black Francis e sua trupe! Mesmo se você aplicar o genérico 'Alternativo', não se sentirá totalmente confortável com a escolha (eu pelo menos não fico)
Lançado em 1988 pelo selo independente britânico 4AD, o disco de estréia do Pixies (na verdade, o long play de estréia, pois antes eles lançaram o ótimo EP "Come On Pilgrim", com 8 músicas) inspirou muita gente boa na música, como por exemplo Billy Corgan, do Smashing Pumpkins e Kurt Cobain, do Nirvana. Isso rendeu ótimos trabalhos a Steve Albini, produtor do disco, que foi contratado por muitos artistas principalmente por seu trabalho em "Surfer Rosa". Cobain foi um que atribui ao disco sua idéia de contratar Albini para produzir o disco "In Utero".
Tomei conhecimento do disco ao ouvir a fantástica balada "Where's my mind?", que me deixou completamente desconcertado. Até então, tudo que eu tinha ouvido do Pixies era o "Doolittle", e nele não havia nada parecido. Quando ouvi esse disco na casa de um amigo, fiquei ainda mais desconcertado: as músicas são BEM diferentes umas das outras, mas tem uma linha comum que eu já desisti de tentar definir há muito tempo. Do disco, tem uma das minhas baladas preferidas ("Where's my mind?"), uma das minhas músicas-porrada preferidas ("Something against you"), além de outras bem diferentes do que estamos acostumados a ouvir por aí, como "Cactus" e "Vamos".
A faixa que mais ouvi neste disco
Sem dúvida alguma, "Where's my mind?"
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Where's my mind?" já embalou vários inícios de relacionamentos meus, naqueles momentos onde tinha a sensação de estar com os 4 pneus arriados :)
Um pedacinho do disco:
Letra e música do Navegante às 08:40 0 comentários
Marcadores: alternative, college rock, Pixies, Rock
domingo, 13 de março de 2011
#167 Nara Leão, "Garota de Ipanema"
Letra e música do Surfista às 08:51 0 comentários
Marcadores: Bossa Nova, MPB, Nara Leão
sábado, 12 de março de 2011
#166 Easy Star All-Stars, "Radiodread"
Como eu já disse aqui, "Ok Computer" é um disco fodaço, mas bem deprê (que eu usaria o eufemismo "denso" pra descrever, dependendo do interlocutor). Mas pra alguns, é perfeito pra fazer um trabalho bem alegre e suingado. Quem são esses alguns? Os músicos do Easy Star All-Stars, um grupo de músicos de reggae e ska com formação "flexível". Fundado pelos músicos Michael Goldwasser, Eric Smith, Lem Oppenheimer e Remy Gerstein, que são co-fundadores do selo novaiorquino Easy Star Records, especializado em ritmos caribenhos.
Uma das empreitadas deles foi refazer o álbum "Ok Computer" do Radiohead com levadas reggae e ska, música a música, com algumas pequenas alterações. Por exemplo, na música "Paranoid android", trocaram o verso God loves his children por Jah loves his children, pra ficar mais no espírito do reggae. Pra manter esse trocadilho constante com o ritmo jamaicano, o disco foi lançado com o nome "Radiodread". O resultado ficou excelente, rendendo elogios até mesmo de Thom Yorke, líder do Radiohead.
A faixa que mais ouvi neste disco
"Let down"
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Aí alguém pode perguntar: cara, como é que você descobre essas coisas? Esse caso aqui foi uma grande sorte. Eu estava hospedado com meu primo num hostel em Punta del Este que é muito procurado por surfistas (eles inclusive alugam pranchas), e o disco estava tocando numa das tardes que passei lá. Daí a chegar no trabalho dos caras, agradeço a São Google!
Um pedacinho do disco:
Letra e música do Navegante às 09:15 1 comentários
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sexta-feira, 11 de março de 2011
#165 Vários, "Tropicália ou Panis et Circencis"
Letra e música do Surfista às 08:51 1 comentários
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quinta-feira, 10 de março de 2011
#164 Buena Vista Social Club (trilha sonora original)
Queria falar desse disco, mas eu jurava que o Surfista já o tinha feito nos primeiros dias de vida deste blog. Fui lá por acaso, vi que se tratava de outro disco (inspirado nesse aqui), e aí me animei a escrever sobre ele.
Letra e música do Navegante às 09:15 3 comentários
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quarta-feira, 9 de março de 2011
#163 Olodum, "O Movimento"
terça-feira, 8 de março de 2011
#162 Paralamas do Sucesso, "Selvagem?"
Esse foi o disco de estúdio dos Paralamas que mais vendeu por aí, e mostrou uma boa guinada na carreira da banda. Representou uma fase mais madura da banda, cujas letras agora abordam temas mais amplos, como se seus integrantes tivessem superado a adolescência de "Cinema Mudo" e "O Passo do Lui". Além disso, o ritmo das músicas flerta ainda mais com ritmos tropicais e se torna, na minha humilde opinião, bem mais brasileiro.
Letra e música do Navegante às 08:27 0 comentários
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segunda-feira, 7 de março de 2011
#161 Caetano Veloso "Muitos Carnavais"
Se você está lendo esta resenha no dia exato da publicação, acredito em duas hipóteses:
a) Você abomina o Carnaval e está curtindo o feriado em algum recanto off-folia.
b) Você está naquele momento de repouso entre um bloco e outro.
Seja lá qual for a opção, a certeza que tenho é que hoje o Brasil está naqueles dias de catarse em que escolas de samba, trios elétricos, blocos e foliões estão por todos os cantos. Em algum momento das transmissões da Globo ou da Band Folia, Caetano Veloso vai aparecer – seja na Marquês de Sapucaí (Rio) ou no Circuito Barra-Ondina (Salvador). Caê se amarra neste período do ano e já gravou um disco inteiro dedicado à festa de Momo. "Muitos Carnavais" reúne 12 marchinhas (a maioria de sua autoria) para animar pistas e avenidas.
Confesso que ouvi poucas vezes este disco. Na verdade, comprei porque estava barato e também por curiosidade. Enfim, comprei, ouvi e guardei. Após anos, tirei da gaveta para escrever este texto. A impressão que tive é que é um álbum com melodias suaves e com letras festivas. O espírito é dos bloquinhos do Rio e não das megaproduções baianas. Não senti a energia over dos blocos da Ivete ou das baterias das escolas de samba. É um som meio retrô, meio clube. Tem até um sambinha com ares de bossa nova ("Hora da Razão"). Vale um confere.
A faixa que mais ouvi neste disco
Nenhuma em especial. Tem que escolher uma? Então tá: "A Filha da Chiquita Bacana"
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
A letra de "Deus e o Diabo" tem uma passagem profana que acho que sintetiza bem o espírito do Carnaval brasileiro: "O carnaval é invenção do diabo / Que Deus abençoou".
Tive uma namorada muito culta, fã do Caetano. Em um Carnaval, eu lhe dei uma cópia de "Muitos Carnavais".
Em uma coletiva de imprensa, Caetano declarou que tem um projeto de gravar um novo disco carnavalesco. Dessa vez, só com músicas do Carnaval da Bahia.
"Atrás do Trio Elétrico" virou um dos hinos do Carnaval de Salvador.
Um pedacinho do disco
Letra e música do Surfista às 09:28 0 comentários
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domingo, 6 de março de 2011
#160 Cartola, "Cartola (1974)"
Como disse aqui ao falar do último disco do Bangalafumenga, o samba pra mim é uma novidade recente. Embora eu tenha curtido alguns carnavais acompanhando desfiles de escolas de samba quando meu pai ainda estava vivo, eu nunca dei muita bola pro estilo. Depois de um hiato de alguns anos, acompanhei a escalada do Salgueiro rumo ao título do carnaval de 1993, e voltei a ignorar o ritmo.
A faixa que mais ouvi neste disco
"O sol nascerá"
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Cartola nasceu e viveu a infância na minha querida Laranjeiras, até se mudar para a favela da Mangueira em virtude de dificuldades financeiras de sua família. Foi um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira através do seu bloco dos arengueiros, mas ficou muitos anos afastado da cena musical por desavenças na comunidade e por ter ficado muito doente. Foi encontrado por acaso pelo jornalista Sérgio Porto no final da década de 50 trabalhando como lavador de carros em Ipanema, e daí pode retomar contato com a música, servindo de influência para toda uma nova geração
Um pedacinho do disco:
Letra e música do Navegante às 09:43 0 comentários
sábado, 5 de março de 2011
#159 Adriana Calcanhotto, "Cantada"
Letra e música do Surfista às 10:00 0 comentários
Marcadores: Adriana Calcanhotto, Eletrônico, Jazz, MPB, Pop
sexta-feira, 4 de março de 2011
#158 Michael Jackson, "Thriller"
Letra e música do Surfista às 10:00 2 comentários
Marcadores: 80s, Black Music, Michael Jackson, Pop, pop rock
quinta-feira, 3 de março de 2011
#157 Caetano Veloso e Chico Buarque, "Caetano & Chico - Juntos e Ao Vivo"
Chico Buarque e Caetano Veloso estão presentes na minha vida de uma forma bem mais profunda que a musical. Eu nasci no mesmo dia de Chico. Meu irmão comemora aniversário na mesma data de Caetano. Nem eu nem meu irmão temos qualquer talento musical, mas, curiosamente, temos temperamentos levemente parecidos com os nossos camaradas famosos. Sou mais discreto e reservado enquanto ele é mais espalhafatoso. Mesmo com essas diferenças de estilos, a dupla gravou um lendário disco ao vivo em 1972.
"Chico & Caetano- Juntos e Ao Vivo" registra um show da dupla na Bahia, em pleno rigor do regime militar. Então, imagine como devem ter ficado os milicos ao descobrirem que dois dos seus maiores alvos cantariam juntos.
No repertório, "Bom Conselho", "Tropicália", "Ana de Amsterdam", "Partido Alto" e a sensacional junção de "Cotidiano" e "Você Não Entende Nada".
A música que eu mais ouvi deste disco
Sem sombra de dúvida, "Você Não Entende Nada / Cotidiano". "Eu quero que você venha comigo / Todo dia, todo dia / Todo dia ela faz tudo sempre igual...".
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Anos depois, a dupla se reencontrou em um especial da TV Globo. Mais precisamente, em 1986.
Um pedacinho do disco
Letra e música do Surfista às 09:15 0 comentários
Marcadores: Caetano Veloso, Chico Buarque, MPB
quarta-feira, 2 de março de 2011
#156 Netinho, "Ao vivo"
Mesmo quem odeia (ou odiou) axé não passou incólume ao furacão chamado "Milla", que devastou as rádios brasileiras na segunda metade dos anos 90. Quando chegou às lojas o disco ao vivo de Netinho, recém saído da Banda Beijo, "Milla" já tocava em tudo quanto era canto do país. Com isso, o disco vendeu que nem pão quente por aí, puxado por esse grande sucesso.
A faixa que mais ouvi neste disco
Alguma dúvida de que foi "Milla"? Mesmo que involuntariamente, pois minha preferida é o poutpourri "Jeito diferente / A vida não é brincadeira"
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Total" é uma das músicas mais bregas que já ouvi em toda minha vida! Já ouvi falar que a versão traduzida de uma música latina, mas nunca achei a original pra poder tirar a prova
Um pedacinho do disco:
terça-feira, 1 de março de 2011
#155 Chico Buarque, "Chico no cinema"
Estou longe de ser capacitado pra falar com propriedade da discografia do Chico Buarque. Demorei pacas a mergulhar na obra do "carioca" cujos olhos causam suspiros em 8 entre 10 mulheres. Felizmente a idéia aqui é falar de um disco, e não da discografia (senão a Maria poderia falar muito melhor disso do que eu)
A faixa que mais ouvi neste disco
Esse disco tem pelo menos umas 10 músicas que ouço muito, mas a que mais ouvi foi com certeza "Não sonho mais", num delicioso ritmo de coco
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Desde que voltei a curtir o carnaval no Rio, em 2006, que "A noite dos mascarados" se tornou um hino pra mim. Basta ouvir os primeiros versos de Chico e Elis pra imaginar os bons blocos, e imaginar como foram os grandes carnavais cariocas dos anos 50 e 60, época das grandes marchinhas e da doce inocência pré ditadura militar
Um pedacinho do disco:
Letra e música do Navegante às 09:45 4 comentários
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