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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

#Bonus track Amelinha, “Mulher nova bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor”

Com a palavra, Maria, do Blog da Maria.




Da xará Amelinha (pra quem não sabe, a Maria que vos fala também é Amélia), este foi um álbum lançado em 1982, um tempo depois da moça já ter tido um sucesso arrebatador cantando “Frevo Mulher”, e é, fácil, um dos álbuns que entrariam para o meu top five de álbuns da vida, se eu tivesse um!

O álbum reúne diversas canções de autores nordestinos como Zé Ramalho, autor da canção título (em parceria com Otacílio Guedes Carioca), com quem Amelinha foi casada, Gonzaguinha, Robertinho do Recife em parceria com Fausto Nilo, Djavan, Luiz Ramalho e outros, e tem até mesmo um soneto da Florbela Espanca musicado pelo Fagner.

Não conheço a proposta do álbum e há muito pouca informação sobre a Amelinha na internet. São músicas evidentemente nordestinas de diversos estilos, algumas bem animadas, outras, trilhas sonoras de dor de cotovelo, mas o que realmente impressiona é o nível das composições, que classifico como uma verdadeira crueldade poética. Afinal você não encontra versos como: “hoje em dia, pra gente amar de vera, é preciso ser quase um alquimista, ou talvez o maquinista do trem da consciência, pra te amar com tanta calma e com tanta violência” (parceria de Vital Farias e Salgado Maranhão) em qualquer álbum.

A minha paixão pela Amelinha aos 5 anos de idade era por existir uma cantora com o mesmo nome que o meu. Mas só muitos anos depois é que eu pirei de verdade nas canções, quando ouvi e ouvi de novo e mais uma vez meu velho LP, prestando bastante atenção nas letras, nas melodias e querendo sentir paixão daquele jeito que está cantado ali. E eu nunca encontrei esse álbum em CD e não sei se é fácil encontrar essas músicas para baixar (confesso que não procuro mais por preguiça do que por consciência). De uma ou outra ainda tem um videozinho vagabundo no youtube.

A música que mais ouvi neste disco
“Mulher nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor” (aliás, a Amelinha canta a versão completa – na versão do Zé Ramalho na Antologia dos 20 anos, uma estrofe ficou de fora).

Presepada musical ou pequena curiosidade
Chorei tudo o que podia quando a minha irmã foi receber o diploma ao som de “Felicidade” (só que cantada pelas Chicas, e não pela Amelinha). A música é maravilhosa e é a cara dela. Sensação de educação musical cumprida!

Um pedacinho do disco (com guitarra do Robertinho do Recife):

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bonus Track, mané!


Que rufem os tambores, maestro! Vao rolar uma faixa adicional nas 365 Rotações. Para tornar a parada ainda mais bacana, nenhum dos autores (leia-se eu e o Navegante) vai assinar a faixa. A obra será de uma amiga queridíssima, divertidíssima, lindíssima, debochadíssima, advogadíssima e outros "íssimas". Ficou curioso? Volta aqui na quinta-feira, dia 5, de manhã.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

#365 Hoodoo Gurus, "In blue cave"


It's that time (Is it that time?)
A moment that will pass
Yes, it's that time (Is it that time?)
We knew it couldn't last


Chegamos então a última faixa desse dueto com o Surfista, a 365ª rotação. E por mais que não seja uma das bandas mais conhecidas por quem nos lê (falamos de uma penca de artistas mais representativos), minha escolha desse disco para fechar nossa jornada vem carregada de significados.

O Hoodoo Gurus foi um grupo que me acompanhou de perto ao longo da minha jornada de amadurecimento, principalmente durante a faculdade. Posso dizer que me acompanha até hoje, pois sempre tem alguma música deles nas minhas playlists. E nos idos de 1998, recebi com uma pontinha de tristeza a notícia de que a banda iria se dissolver. Nada de brigas, farpas, ou coisa parecida. Em paralelo, se apresentava diante de mim um importante rito de passagem: o término da faculdade. Começava a cair a ficha de que minha vida ia passar por uma mudança significativa e decisiva: os dias de pensar no futuro iam embora, e os dias de viver esse futuro tão imaginado se aproximavam. Os versos de "Night must fall" me ajudavam a por a cabeça no lugar e encarar essa mudança.

Repleto de músicas de boa pegada, "In blue cave" deixa aquele gostinho de quero mais se você pensa que é o disco de despedida de uma banda. Destaco as ótimas "Down on me", "Waking up tired", "All I know", "Son-of-a-gun" e a derradeira "Night must fall", cuja letra é uma mensagem de despedida para os fãs (vide versos acima)


A música que mais ouvi neste disco
"All I know" e "Son-of-a-gun", apesar de todo o apelo de "Night must fall"


Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Depois de um post mais emocionante do que eu tinha antecipado, queria agradecer a todos vocês por nos acompanharem nessa jornada deliciosa de 365 discos. Agradeço especialmente ao amigo Surfista pela idéia e pela parceria ao longo desses 365 posts. Vou escrever mais um post falando da experiência como um todo (Surfista fará o mesmo), mas desde já peço a quem nos leu durante esse tempo que compartilhe conosco a experiência nos comentários. Valeu galera !


Um pedacinho do disco:


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

#364 The Doors, "Greatest Hits"

This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end

Pois é, amiguinho, este é a minha última aventura musical no 365. Amanhã, o nobre Navegante fecha a conta. Já sei que ele mandou muito bem na escolha do repertório. No meu caso, escolhi uma coletânea que foi um rito de passagem na minha vida. Eu já conhecia uma coisa ou outra do Doors, tinha visto o filme psicodélico do Oliver Stone e tal, mas nada muito profundo. Porém, foi no meu primeiro ano de faculdade que fui apresentado formalmente à música de Jim Morrison. "Prazer, Sufista. Meu nome é Jim. Vem comigo e sua vida nunca mais será a mesma". Topei o convite e o meu intensivão no universo das portas da percepção foi esta coletânea marota do quarteto.

Muitas outras coletâneas surgiram depois, mas esta foi especial para mim. A moçada do Doors me apresentou um rock diferente, mais cabeça. Eles eram rebeldes, drogados, polêmicos, mas charmosos em suas composições. As músicas me soavam (e ainda soam) hipnóticas. Quando comecei a curtir Doors, eu me senti mais "homenzinho", mais maduro. Eu acreditei que havia entendido as viagens do Jim Morrison em "People are Strange", "Break on Through", "Riders on the Storm", "Light my Fire" e outros clássicos . Tolinho, né? O som dos caras não é para ser entendido. Não é cartesiano, métrico, crítico. É música imortal para se curtir e nada mais. E olha que nunca fumei um baseado, hein?

"Greatest Hits" foi o começo de uma fase na minha vida e agora é símbolo de um encerramento. 364 dias depois de botar o bloco na rua, estou certo de que valeu a pena.

A música que mais ouvi neste disco
Todas, mas em diferente motivos. Talvez, a favorita seja a saliente "Light my Fire". Muitas festinhas de faculdade foram embaladas por essa música. Obrigado, Jim!

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Meu CD tem uma faixa interativa que só é interativa no fantástico mundo de Bob. Nunca tocou em nenhum computador. Ou talvez eu é que não tenha entendido a sacada: a faixa interativa só é acionada quando o ouvinte "turbina" a mente. Aí ele interage com os Doors, com os elefantes cor-de-rosa, com os jacarés voadores e as pilhas radioativas.
"The End" está em uma das aberturas de filmes mais extraordinárias de todos os tempos: "Apocalypse Now".

Um pedacinho do disco

domingo, 25 de setembro de 2011

#363 Eurythmics, "Greatest Hits"

Agora no finalzinho das nossas rotações, cheguei a um dilema que eu jamais imaginava: vai ficar muita coisa de fora. Se você pensar, 365 discos é coisa pra dedéu, fora que tem muitos discos significativos pra mim que também são para o Surfista, o que de certa forma queima cartuchos. Esse post originalmente seria sobre o disco de estréia do "Gorillaz", mas aí me veio à mente vários outros discos representativos que tinham que constar aqui. Como a idéia é falar de discos que nos marcaram de alguma forma, não podia deixar de falar de um dos legados musicais dos anos 80: o duo Eurythmics.

Formado pelos ingleses Dave Stewart e Annie Lennox, o Eurythmics foi um dos grupos que mais emplacou hits nos anos 80. Justo os anos 80, tão marcantes musicalmente para os trintões aqui. Durante os anos 80, os sucessos deles eram presença obrigatória em qualquer evento dançante, desde as festinhas americanas nos playgrounds até os bailes de debutantes (depois da valsa, claro). Algumas em especial marcavam ponto: "Sweet dreams (are made of this)", "There must be an angel" e "When tomorrow comes".

Na virada da década de 90, cada um seguiu seu caminho. Desconheço o êxito do Dave Stewart, mas Annie Lennox ainda rondou as paradas por algum tempo ao longo da década. Assim que separaram essa coletânea foi lançada. Era figurinha fácil nos churrascos dos tempos de 2º grau (hoje ensino médio) e de faculdade. 

A música que mais ouvi neste disco
Eu sempre fui viciado em "When tomorrow comes"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Ao final dos anos 90, Dave e Annie se juntaram para gravar um novo disco, mas não voltaram com o Eurythmics oficialmente. De realmente relevante, só mesmo Annie Lennox gravando a linda música "Into the West", da trilha sonora de "Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei", ganhadora do Oscar de melhor canção original. Semana passada saiu uma notícia de que Dave Stewart ia montar uma banda com Mick Jagger, Joss Stone e o indiano responsável pela trilha sonora de "Quem quer ser um milionário?". Vamos ver o que sai disso aí...

Um pedacinho do disco:

sábado, 24 de setembro de 2011

#362 Marisa Monte, "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor"

"Deixa eu dizer que te amo,
Deixa eu gostar de você.
Isso me acalma, me acolhe a alma.
Isso me ensina a viver"

Tem como não gostar de um disco que começa com esses versos? É uma declaração de amor tão bonitinha, tão sincera, que se torna irresistível. Esta é "Amor, I Love You". E assim é o resto de "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor", o quinto e mais romântico álbum da Marisa Monte.

Em 13 cabalísticas faixas, Marisa deu uma aula de como fazer um disco onde o amor quase desvairado e quase cafona é o tema principal – e sem perder a classe. A dor que aperta o peito e faz as pessoas perderem noites de sono em desatinos de saudade. Essa sensação está em "Não Vá Embora", "Tema de Amor", "Não É Fácil", "Cinco Minutos", "O que me Importa", "Abololô" e por aí va. Para falar da dor de cotolevo, "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" consolida o ménage a trois artístico com Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes. Era o tribalismo ganhando forma.

Ah, e o disco ainda tem espaço para composições de Caetano Veloso ("Sou seu sabiá"), Jorge Ben ("Cinco Minutos"), Paulinho da Viola ("Para Ver as Meninas") e a dupla Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito ("Gotas de Luar"). Aí você vê como Marisa se cerca de gente boa na hora de fechar os seus CDs. Assim como qualquer outro trabalho em que a portelense ponha a mão, "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" é obrigatório.

A música que mais ouvi neste disco
Sem dúvida, "Não Vá Embora". Com percussão explosiva, Marisa rasteja pelo seu amado e suplica "Eu podia estar sofrendo, caído por aí. Mas com você eu fico muito mais feliz". Belo! Ah, outra que merece nota é "Gentileza", composta por ela para o artista, grafiteiro e maluco beleza Gentileza.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Marisa Monte lançou "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" no Rio em um show no Citibank Hall. Foi na época do meu aniversário. Uma tia me deu de presente 4 ingressos para este show. Fui com a família. Belíssima apresentação. Marisa manda bem no estúdio e no palco.
Nesta época, Marisa Monte estava sob gestão do Davi Moraes, filho do Moraes. Ele é o guitarrista neste disco.
O encarte é recheado de fotos, tiradas a esmo pela própria Marisa e a aproveitadas na direção de arte. São retratos de livros ("Senhora", por exemplo), CDs, pedaços do estúdio e detalhes da anatomia da artista, como os seus pés.
Em "Amor, I Love You", Arnaldo Antunes declama em voz gutural um trecho de "O Primo Basílio", de Eça de Queirós.
"Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" foi gravado em Salvador, Rio de Janeiro e Nova York.

Um pedacinho do disco




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

#361 Legião Urbana, "As quatro estações"

Depois de tantas rotações deste humilde blog, vocês já devem ter percebido que o Legião é uma das bandas queridinhas da casa. Eu quase ouso dizer que é o R.E.M. brasileiro, só não ouso porque me termos musicais acho eles mais parecidos com os Smiths. E coube a mim o privilégio de falar sobre um dos discos mais fodas da banda (senão o mais).

Este disco foi lançado num momento delicado da banda: pouco depois do fatídico show no Estádio Mané Garrincha, onde houve tumulto e pessoas feridas. Por conta desse show, a banda naturalmente se retraiu e fez um trabalho mais introspectivo. Nesse processo, houve um desentendimento entre o baixista Renato Rocha e o resto da banda (principalmente com o baterista Marcelo Bonfá) que culminou na saída de Renato da banda. Mesmo assim, este disco de 11 faixas é considerada por muitos fãs e pela própria banda como o melhor trabalho feito pelo Legião.

Do lado de cá, eu passava por um dos momentos mais impactantes da minha vida: a doença e morte de meu pai. Logo, a aura introspectiva do disco veio muito a calhar naquele momento. Depois de um bom tempo ouvindo uma coletânea do Supertramp, o "Quatro estações" se tornou o habitante principal da minha vitrola. E mesmo alguns anos depois, músicas desse disco me fizeram companhia em momentos diversos, especialmente "Há tempos", "Monte Castelo", "Se fiquei esperando o meu amor passar" e "Quando o sol bater na janela do meu quarto".

A música que mais ouvi neste disco
"Se fiquei esperando o meu amor passar", especialmente na segunda metade dos anos 90

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Já falei aqui que "Quando o sol bater na janela do meu quarto" é A música que me lembra meu pai, quando falei de um disco do Barão Vermelho ano passado. Então vamos com outra: "Se fiquei esperando o meu amor passar" me lembra uma ida com amigos e amigas pra Friburgo em 1997, para um dos festivais da cidade. Ficamos bebendo vinho e maldizendo a sorte (ou a falta de) em relacionamentos, com esse disco (e essa música) como trilha sonora.

Um pedacinho do disco:

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

#360 Trilha Sonora, "Mulheres de Areia"

Não vou deixar o meu parceiro de ondas sonoras pagar mico sozinho nesta bagaça! Se ele desencavou "Roque Santeiro", eu lhe apresento, das profundezas do acervo Som Livre, a trilha sonora de "Mulheres de Areia".

Bom, nunca acompanhei o folhetim que foi ao ar no comecinho dos anos 1990s e trazia as aventuras das gêmeas Ruth e Raquel (Glória Pires) em algum cafundó praiano. E ainda tinha o Tonho da Lua, um escultor com problemas mentais, que ganhou certo destaque na pele do Marcos Frota, o irmão menor do Alexandre Frota. Fora isso, não lembro de mais nada. Então como cheguei até este disco? Eu lhe respondo prontamente: não sei. Foi alguma presepada a minha mãe, que me educava musicalmente e não tinha muito critério quando entrava nas Lojas Americanas.

Então, sabe-se lá porque razão, o CD sobreviveu a várias desovas na minha prateleira. Está lá, junto aos álbuns do Supla e da Banda Eva. Enfim, "Mulheres de Areia" sobreviveu, mesmo com forçando a barra com um repertório que inclui Biafra, Joanna, Ivan Lins, Maurício Mattar, Banda Beijo, Chitãozinho & Xororó, Simone, Gal Costa e Orlando Morais (que deve ter entrado na peixada, pois é esposo da Ruth e da Raquel), dentre outras "feras". Sentiu o drama, né? Salvam-se Raul Seixas (que é clássico e intocável) e uma música caribenha do Pepeu Gomes ("Sexy Yemanjá").

A música que mais ouvi neste disco
Fui envolvido pelas maracas de "Sexy Yemanjá". Ouvi de novo para escrever este texto e senti uma vontade louca de sair requebrando os ombrinhos. Desliguei!

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
A maior presepada foi ter mantido este disco por tanto tempo. Agora, com a reprise no "Vale a Pena Ver de Novo", talvez algum sebo me pague uns R$ 2 pelo CD.
Quem está na capa, Ruth ou Raquel?

Um pedacinho do disco

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

#359 Vários, "Roque Santeiro - Volume 1"

Como muita gente sabe, não vejo novelas. Seja por falta de tempo ou falta de interesse. Mas até 1990 eu costumava assisti-las, e confesso que gostei bastante de acompanhar algumas. Roque Santeiro inclusive foi uma das melhores já feitas na minha opinião, e seu enredo podia muito bem virar uma minissérie ou coisa parecida. Pra mim, o grande mérito dessa novela foi mostrar ali um retrato da cultura popular brasileira. E isso se traduziu muito bem em sua trilha sonora.

Eu na época era um fedelho de 11 anos de idade, e vivia num Brasil com apenas 6 canais de TV aberta e ainda sem videocassete ou coisa parecida. Logo, poucas opções. Na tela da TV todas as noites um folhetim qualquer. Só que nesse caso, um ingrediente a mais: uma novela retida pela censura (do antigo regime militar) durante 10 anos. Claro que dava um tempero a mais, e com isso a novela fez um tremendo sucesso. Para aqueles olhos pré-adolescentes, era uma história divertida com algumas beldades atiçando os hormônios beirando a puberdade. Embalando tudo isso, músicas predominantemente populares.

Puxando o lado pop brega da trilha, veio o Roupa Nova com o mega sucesso "Dona", música tema da viúva Porcina (um dos principais personagens da trama). Além deles, o ídolo mor da música brega Wando com sua melancólica "Chora coração". Ambas excelentes! Destaque também para a parceria Dominguinhos / Chico Buarque em "Isso aqui tá bom demais", Moraes Moreira com a música de abertura "Santa Fé", Zé Ramalho cantando a história da menina e do lobisomem em "Mistérios da meia noite" e Baby Consuelo com a clássica "Sem pecado e sem juízo".

A música que mais ouvi neste disco
O clássico brega "Chora coração"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Não sei se é plágio, homenagem ou só uma mera coincidência, mas a melodia de "Dona" em alguns trechos é igualzinha a da música "You like me too much" dos Beatles.

Um pedacinho do disco:

terça-feira, 20 de setembro de 2011

#358 Green Day, "Insomniac"

Sinceramente, não acho "Insomniac" nem de longe um dos melhores discos do Green Day. É um CD legalzinho e tals, mas nada de "oh, meu Deus. Minha vida mudou". Só que este álbum representa memórias afetivas muito significativas.

Era uma vez, 1995...

Era o meu último ano do colégio e logo eu estaria na faculdade. Durante todo meu período escolar, eu sofri tanto bullying que hoje em dia eu poderia ser um maníaco talibã. Só que o meu 3º Ano foi tão formidável que deixei de lado os pescotapas que levei ao longo da vida letiva. Aliás. o meu 3º Ano foi a vingança, a revanche do nerd. Minha autoestima superou o Everest, fiquei confiante e peguei até umas menininhas da turma. Era a glória!

Em um dos últimos dias daquele ano, alguns amigos e eu nos reunimos para tomar uns gorós noite adentro na casa de um deles. Era uma despedida daquela fase. Uma das meninas fez strogonoff e passamos aquela noite bebendo e comendo o tal strogonoff (mais bebendo que comendo). Na vitrola, só havia um disco. Qual? Qual? Qual? "Insomniac". A gente celebrou aquele último encontro da turma no colégio com strogonoff, cerveja clandestinamente comprada e Green Day. Bons tempos!

A música que mais ouvi neste disco
Mesmo escondida na última faixa do CD, "Walking Contradiction" é a minha favorita.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Na tal noite de despedida, já chumbados de birita, a gente simulou uma air-band, isto é, todo mundo simulando instrumentos. Então tinha um air-bass, air-drums e air-guitar do Green Day.

Um pedacinho do disco