Este disco foi lançado num momento delicado da banda: pouco depois do fatídico show no Estádio Mané Garrincha, onde houve tumulto e pessoas feridas. Por conta desse show, a banda naturalmente se retraiu e fez um trabalho mais introspectivo. Nesse processo, houve um desentendimento entre o baixista Renato Rocha e o resto da banda (principalmente com o baterista Marcelo Bonfá) que culminou na saída de Renato da banda. Mesmo assim, este disco de 11 faixas é considerada por muitos fãs e pela própria banda como o melhor trabalho feito pelo Legião.
Do lado de cá, eu passava por um dos momentos mais impactantes da minha vida: a doença e morte de meu pai. Logo, a aura introspectiva do disco veio muito a calhar naquele momento. Depois de um bom tempo ouvindo uma coletânea do Supertramp, o "Quatro estações" se tornou o habitante principal da minha vitrola. E mesmo alguns anos depois, músicas desse disco me fizeram companhia em momentos diversos, especialmente "Há tempos", "Monte Castelo", "Se fiquei esperando o meu amor passar" e "Quando o sol bater na janela do meu quarto".
A música que mais ouvi neste disco
"Se fiquei esperando o meu amor passar", especialmente na segunda metade dos anos 90
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Já falei aqui que "Quando o sol bater na janela do meu quarto" é A música que me lembra meu pai, quando falei de um disco do Barão Vermelho ano passado. Então vamos com outra: "Se fiquei esperando o meu amor passar" me lembra uma ida com amigos e amigas pra Friburgo em 1997, para um dos festivais da cidade. Ficamos bebendo vinho e maldizendo a sorte (ou a falta de) em relacionamentos, com esse disco (e essa música) como trilha sonora.
Um pedacinho do disco:
0 comentários:
Postar um comentário