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sexta-feira, 18 de março de 2011

#172 R.E.M., "Green"


Época de escola, e na minha turma tinha uma menininha bodyboarder que ouvia muito som maneiro, por conta das músicas que tocavam nos campeonatos. Eis que num dos nossos papos sobre música ela me empresta uma fita cassete, com músicas gravadas direto do rádio (mais precisamente da saudosa Fluminense FM). Entre elas, estava "Stand", do R.E.M. Durante muito tempo, essa música era sinônimo de R.E.M., e eu na minha santa inocência musical achava que todas as músicas deles tinham mais ou menos esse estilo.

Passou um tempo, conheci outras músicas do R.E.M., me encantei de verdade com "It's the end of the world as we know it", mas ainda não tinha nenhum disco da banda. Até que no dia que minha mãe comprou o primeiro CD Player lá de casa, ela deixou que eu comprasse 3 CDs à minha escolha pra ouvir no dito cujo: "On every street" (Dire Straits), "The Real Thing" (Faith No More) e esse aqui do R.E.M. Estes, aliás, são dos poucos CDs que eu tenho até hoje.

O disco ao meu ver é uma senhora evolução em relação ao Document, que é um tanto inconstante na minha opinião. Tem umas músicas com apelo bem pop (como "Stand" e "Pop Song 89"), mas no geral segue o estilo folk rock alternativo dos discos anteriores. Mesmo assim, tem algo na sonoridade das músicas que pra mim parece ter um algo mais. Teve "Orange crush" como um dos grandes sucessos (na qual Michael Stipe canta com um megafone), mas pra variar gosto mais das menos conhecidas da massa, como "You are the everything" e "World leader pretend". Até então era um dos meus preferidos (junto com o "Murmur"), mas aí a banda se superou e lançou dois discaços (muito bem abordados pelo Surfista): Out of Time e Automatic for the People (esse último, o meu predileto)

A faixa que mais ouvi neste disco
Empate técnico: "You are the everything" e "Pop Song 89"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Foi no período pré-gravação deste disco que os músicos da banda resolveram aprender a tocar outros instrumentos musicais e trocar de instrumento durante as gravações, numa tentativa de buscar uma sonoridade ligeiramente diferente e não cair na cilada de gravar discos muito parecidos uns com os outros. E foi graças a isso que Peter Buck aprendeu a tocar bandolim, que virou uma das marcas registradas da banda em trabalhos futuros

Um pedacinho do disco:

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