Conheci Wilson Pickett no filme "The Commitments", sobre uma banda irlandesa que tenta o sucesso tocando soul. Entre muitas sequências musicais, eles tocam "Mustang Sally" e "In The Midnight Hour", cássicos de Pickett. Eis que um belo dia, eu estava em um daqueles supermercados gigantes da Barra da Tijuca e passei por um baú de CDs a preços mínimos. Sobre uma pilha de sertanejos e bandas baianas que saíram da moda, eu achei "Take Your Pleasure Where You Find It" por menos de R$ 2,00. Mais barato que passagem de ônibus.
A capa já é qualquer nota. Em frente a uma mesa de sinuca, Wilson veste um terno cafetão-fashion ao lado de um mulata com boca-mole-sensual. Já valeria a compra só pela foto. Mas o disco vai além da foto maneira. São 20 faixas de autênticos soul, funk e R&B. Em cada faixa, o DNA da Black music americana: guitarras swingadas, teclados lascivos, naipe de metais, linha de baixo arrasadora e Wilson Pickett alternando graves, agudos e uivos. Fecho os olhos e imagino o negão vestindo um paletó violeta com detalhes prateados, chapéu inclinado, anéis e óculos escuros imensos deslizando no palco ou dirigindo um Lincoln vermelho.
A faixa que mais ouvi neste disco
Já pelo título, a faixa que me mais me chamou a atenção foi "Smokin in the United Nations" (algo como "fumando na ONU").
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Na verdade, "Take Your Pleasure Where You Find It" é um coletânea com as algumas músicas bem-sucedidas em seu contrato com RCA, durante os anos 1970s.
Um pedacinho do disco
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