Aos 12 ou 13 anos de idade, eu tinha uma consultora para assuntos femininos. Era a minha vizinha. Ela também tinha 12 ou 13 anos, era loira, olhos claros, ascendência alemã e um ar blasé que eu adorava. Entre todas as meninas da rua, ela a mais "classuda" e precoce. Tá certo que rolava uma "forçação de barra", mas e daí? Como eu não conseguiria pegá-la, decidi aprender com ela. Durante um tempo, a guria me dava dicas sobre como chamar a atenção do sexo oposto. Eu ouvia e anotava. Uma das lições era sobre música. Ela recomendava Guns'n'Roses, Seal, R.E.M. e outras bandas imprescindíveis para construir a imagem de "maneiro". Um dos discos que ela me indicou foi o improvável "The Simpsons Sing the Blues". Obediente, comprei!
Pois é, altamente populares já no início dos anos 1990s, Homer, Marge, Lisa e Bart (além de alguns outros moradores de Springfield) protagonizaram um CD caça-níqueis com um repertório esquisito. Entre as 10 faixas, alguns clássicos do rock e do blues, esboços de rap, flertes com o soul e outras bizarrices que ficaram até engraçadas. Apesar de ter um jeito de disco para crianças, o álbum tinha clássicos como "School Day" (do Chuck Berry) e "Born Under a Bad Sign" (de Booker T. Jones).
Desenterrei este CD para escrever esta resenha e resgatei algumas memórias afetivas da minha pré-adolescência. Lembrei que "The Simpsons Sing the Blues" fez um relativo sucesso. Nos primórdios da MTV, o clipe de "Do The Bartman" ficou no Top 10 durante semanas. Logo depois, Bart ainda estrelaria "Deep, Deep Trouble", outra música deste disco.
A faixa que mais ouvi neste disco
"Do the Bartman"!!! Bart Simpson já era uma celebridade e um ícone pop.
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Mantive contato com a minha vizinha-musa por muitos anos. Hoje, ela casou e mora em Londres. Estive por lá, mas não consegui encontrar com ela. Pena!
Acho que este CDzinho tem um jeitão de peça de colecionador.
Um pedacinho do disco
1 comentários:
Interessante é que o oportunismo dos caras em lançar o disco bateu com o número da resenha: bando de 171! :D
Ps: eu me amarrava em 'Do the bartman também'!
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