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quinta-feira, 30 de junho de 2011

#276 Raimundos, "MTV ao Vivo"

Durante muitos anos, os discos ao vivo foram uma praga! Bastava a banda ou artita ter meia-dúzia de cinco sucessos e, catapimba!, lá vinha um registro de palco com plateia emocionada fazendo "u-hu". Praticamente, sumiu a aura de euforia dos CDs gravados em um show, com imperfeições, emoção e música em estado cru. Babou! Sumiu! Para o bem e para o mal, a MTV contribuiu horrores para uma avalanche de bolachinhas neste estilo. Além dos acústicos, o selo "MTV ao Vivo" enfilerou uma porção de gente boa e outras nem tanto. Em sua melhor fase e com testosterona até o talo, os Raimundos entraram nesta roda e fizeram um dos melhores exemplares desta série.

Sejamos justos, os Raimundos nunca foram um primor de arte e musicalidade, mas ao que se propunham, eles eram soberanos. E qual era a proposta? Rock adolescente, barulhento, visceral, politicamente incorreto, veloz, furioso e grosseiro. Na melhor escola Ramones, do "1,2,3 e vamo nessa", a banda tirava onda. E no palco, os caras eram absolutos. Eu já vi dois shows deles e posso afirmar que "o bagulho é doido".

"Raimundos - MTV ao Vivo" é uma cacetada! Em um disco duplo com mais de 40 músicas (sim, 40), é uma violência de guitarras nervosas, bateria frenética e Rodolfo possuído pelo hardcore. Aliás, é pertinente que eu use o termo "possuído" porque "Raimundos - MTV ao Vivo" foi o último suspiro do vocalista na banda. Pouco tempo depois, o sujeito tornou-se fervoroso cristão protestante. Largou o rock, fãs, letras safadas e a os holofotes da fama. Cada um com a sua escolha. Para mim, ficou a lembrança de pérolas como "Mulher de Fases", "Puteiro em João Pessoa", "Bonita", "Palhas do Coqueiro" e "Me Lambe". Bons tempos!

A música que mais ouvi neste disco
Entre 40 faixas de porrada pura, é difícil ouvir uma em especial. Pela subversão e adolescência, ainda canto junto com "Selim".

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
O disco ao vivo do Raimundos vendeu 650 mil cópias. Em tempos de internet, isso é disco para cacete!
Só isso!

Um pedacinho do disco

quarta-feira, 29 de junho de 2011

#275 Ira!, "Isso é amor"


Nos anos 80 eu nem era muito fã do Ira!, embora curtisse as músicas que tocavam nas rádios. Não sei dizer hoje o porquê, mas acho que deve ter sido alguma implicância besta minha. No final dos anos 90 e na virada para a década passada, eu comecei a redescobrir os caras, especialmente por conta do talento de seu guitarrista, Edgard Scandurra.


Eis que eu já estava parando de comprar CDs com a frequência de antes, mas fiquei intrigado com esse disco quando vi. Basicamente formado por músicas de diversos artistas, no mesmo estilo do álbum "Diversão" do Cidade Negra, ou seja, homenagens. Não pensei muito: levei pra casa.

Já conhecia algumas das músicas que eles regravaram, e ficaram todas muito boas. Teorema (do Legião) ficou ao meu ver menos histérica do que a original. "Telefone", do saudoso Gang 90, ficou excelente ao contrastar a voz de ressaca do Nasi com o vocal angelical de Fernanda Takai (do Pato Fu, que muita gente implica mas eu particularmente curto). "Sentado a beira do caminho" foi uma solene homenagem à Jovem Guarda e "Mudança de Comportamento" uma ótima releitura da própria banda (que foi gravada também pelo Kid Abelha no acústico MTV, tendo Scandurra ao violão). Outra excelente que eu jamais imaginaria que fossem gravar: "Abraços e brigas", que é de um trabalho solo de Edgard Scandurra e que pouca gente conhece (ou conhecia, sei lá)

A música que eu mais ouvi neste disco
"Abraços e brigas"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Abraços e brigas" foi uma das trilhas sonoras de um dos meus rompimentos de namoro mais traumáticos. Naquela hora, parecia que Scandurra dizia tudo que eu tinha pra falar, e por isso essa música foi tão representativa pra época. Hoje fica como uma boa lembrança do quanto a gente aprende com os tropeços da adolescência.

Um pedacinho do disco:

terça-feira, 28 de junho de 2011

#274 Alanis Morissette, "Jagged Little Pill"

Tirando o Wolverine e o Neil Young, o Canadá não é o lar doce lar de muitos artistas louváveis. Lá do norte do continente, vieram a Celine Dion, a Avril Lavigne, o Bryan Adams e o odioso Justin Bieber. Pois é, os ventos canadenses não são dos melhores para a música pop. Porém, eis que surge Alanis Morissette, que chacoalhou a cena musical em meados dos anos 1990s.

Ok, ok, Alanis não foi nenhuma revolucionária, mas conseguiu ser uma artista indenpendente bem competente! Talvez a sua maior conquista foi alcançar o sucesso com uma voz esganiçada, quase Zezé Di Camargo. Depois de dois discos sem grande destaque, "Jagged Little Pill" lavou a alma da moça. Com canções emocionais e autorais, Alanis embalou a dor de cotovelo de muita gente. Ao mesmo tempo, preencheu a grande da MTV, lotou a programação das rádios e chegou até mim por um camelô do centro da cidade.

Eu estava esperando ônibus ao lado de um ambulante, perto do Terminal Menezes Cortes. Enquanto aguardava, fiquei olhando os CDs do vendedor. Eu não conhecia Alanis e nem sabia soletrar Morissette, mas comprei a bolachinha por um impulso inexplicável. "Jagged Little Pill" me divertiu durante meses e animou algumas viagens à Região dos Lagos.

A música que mais ouvi neste disco
Curti muito "Ironic", mas me recomendo também "You Oughta Know" e "Head Over Feet".

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Segundo nossos amiguinhos do Wikipedia, "Jagged Little Pill" foi um dos três álbuns (ao lado de "Thriller", de Michael Jackson, e "Falling into You", de Celine Dion) a ficar no top 10 por 69 semanas.
O Chili Pepper Flea tocou baixo em "You Oughta Know".
"Jagged Little Pill" me traz boas recordações da faculdade, das chopadas e de churrascos etílicos.

Um pedacinho do disco:

segunda-feira, 27 de junho de 2011

#273 INXS, "X"


Esse disco é mais um daqueles que eu catei e pensei: como é que eu não falei dele antes? Foi o primeiro disco que eu comprei da banda, após conhecer o trabalho deles de alguns hits clássicos dos anos 80 (em especial "Need you tonight"). Mas o carro chefe desse disco foi o hit "Suicide blonde". Foi um dos primeiros clipes a passar na MTV brasileira, e olha que passava bastante! Eu reparava pouco na banda, e mais nas loiras que andavam em direção à câmera. :D


Claro que "X" podia ser mais um disco de uma música só, mas não foi o caso. Logo depois de "Suicide blonde", chegaram às paradas duas ótimas: a balada "By my side" e a calma "Disappear". Pouco depois lançaram também "Bitter tears", mas eu já estava convencido de que precisava desse disco na minha prateleira. No caso, vinil ainda.

Esse foi um daqueles discos que ouvi até a agulha furar a bolacha, e era figurinha fácil nas festinhas. E tal qual o "Decade" (do Duran Duran), eu acabei perdendo o disco justamente por ter esquecido numa festinha.

A música que mais ouvi neste disco
"Disappear"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"By my side" era uma das clássicas músicas de corno da época. Pelo menos pra mim, que sempre que ouvia ficava divagando sobre as minhas investidas românticas mal sucedidas.

Um pedacinho do disco:

domingo, 26 de junho de 2011

#272 Blitz, "Radioatividade"


Depois de um senhor disco de estréia, a Blitz volta com um disco ainda melhor que o anterior. Mais uma vez mirando e acertando em um dos grandes trunfos do primeiro disco: melodias pop flertando com o new wave, usando e abusando de letras teatrais (geralmente cômicas e com algum duplo sentido). Eu quase diria que foram os precursores dos Mamonas, mas não ousaria.


O que eu posso dizer desse disco? Eu ainda um mero pirralho quando ele foi lançado, e esse eu não cheguei a ganhar de presente na época (eu sequer tinha mesada ou coisa parecida). Conheci praticamente todas as músicas pelas rádios. Primeiro a clássica "A dois passos do paraíso", e depois uma sucessão de sucessões : "Weekend", "Betty Frígida", "Ridícula", "Apocalipse não", "O tempo não vai passar", "Meu amor que mau humor"... Ajudou muito o fato da Globo ter feito um especial com a Blitz na época, onde a base foi esse disco. Uma coisa tosca de se ver hoje, mas que na época eu adorei :D

A música que mais ouvi neste disco
"Biquini de bolinha amarelinha tão pequenininho" (clássica, não?)

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Uma das coisas que eu me orgulhava na adolescência: saber a fala da rádio (no final de "A dois passos do paraíso") inteirinha, inclusive imitando as palhaçadas do Evandro Mesquita. Em rodinhas de violão isso fazia um sucesso (tolinho, eu.... :D)

Um pedacinho do disco:


sábado, 25 de junho de 2011

#271 Jorge Ben, "África Brasil"

Durante anos, música brasileira sofisticada era sinônimo de Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Baden Powell e outras feras. No entanto, acredito que foi Jorge Ben e Tim Maia que fizeram canções altamente elaboradas e com fortíssimo apelo popular. Enquanto Tião Marmiteiro (futuro Tim Maia) era mestre no soul com alma brasileira, Balbulina (vulgo Jorge Ben) encontrou a fusão perfeita entre o samba e o rock, do qual nasceu o indispensável "África Brasil".

Com uma musicalidade extraordinária, Jorge cantou o amor e temas do cotidiano do povão. No repertório, tinha amor, musas e muito futebol. "Ponta de Lança Africano (Umbabarauma) " atravessou as fronteiras e ganhou o mundo. "O Camisa 10 da Gávea" carimbou a devoção de Jorge ao Flamengo e concedeu ao magistral Zico a maior homenagem da sua vitoriosa carreira.

E ainda tem "Taj Mahal", "Hermes Trismegistro", "O Plebeu", "Xica da Silva" e muitos outros. O LP foi remasterizado pelo sagaz Titã Charles Gavin. Eu, particularmente, considero "África Brasil" um daqueles CDs lendários, míticos, únicos. Coisa fina!


A música que mais ouvi neste disco
Por curtição, "Ponta de Lança Africano (Umbabarauma) ". Por devoção e rubro-negrismo, "O Camisa 10 da Gávea".

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Ponta de Lança Africano (Um "Umbabarauma) " está na lista do jornal The Guardian e no livro "The Book of Playlists", na categoria "as melhores músicas sobre esportes".
Sempre me arrepio quando ouço "O Camisa 10 da Gávea". Brilhante homenagem ao Galinho. O engraçado é que Jorge tentou fazer o mesmo tributo ao atacante Fio Maravilha, que não entendeu o espírito da coisa e processou Jorge.


Um pedacinho do disco

sexta-feira, 24 de junho de 2011

#270 Pearl Jam, "No Code"

Tão importante e emblemático quanto a entrada na faculdade é a primeira viagem com a galera da universidade. E, no meu caso, a primeira presepada off-Rio foi um programa de índio-cacique: visitar a Região dos Lagos em pleno feriado de Páscoa.

Opa! Momento glossário: aos amigos de longe do Rio, a Região dos Lagos é a famigerada área que envolve Búzios, Cabo Frio etc. O lugar é muito bonito, realmente, mas a população local se multiplica em escala geométrica. A densidade demográfica aumenta e a água encanada desaparece. A volta para casa transforma uma viagem de 2h30 em 8h ou mais. Coisas dos balneários fluminenses...

Na primeira viagem, a galera escolheu um belo cafofo em uma praia que esqueci o nome. Durante os dias, a rotina era assim:

Manhã: álcool + café da manhã
Tarde: álcool + algum belisquete
Noite: álcool + álcool + Engov

Se na bagagem, a gente tinha Miojo e cana, no porta-CDs, apenas um: o então novíssimo "No Code", do Pearl Jam. Bom, era um tempo sem iPods e afins. O disco era bem legal, não tão bom quanto o anterior ("Vitalogy"), mas não pagava mico. Com rock bem afiado, a banda ainda flertava com o folk e o country. "Smile" tem uma gaitinha bobdyliana clássica, e "Red Mosquito" já garantiu lugar automaticamente na antologia da banda. – na minha, pelo menos. Pelas FMs da vida, "Hail, Hail" bombou. Belo álbum e belo feriado.


A música que mais ouvi neste disco
Sem pensar duas vezes: "Smile".

Presepada musical ou uma pequena curiosidadeO projeto visual do disco era formado por centenas de fotos que compunham o símbolo do "iluminati". Dentro, alguns dos retratos randômicos eram reproduzidos com as letras das músicas. Então, cada disco tinha uma bateria de imagens particular. Excelente ideia!

Um pedacinho do disco

quinta-feira, 23 de junho de 2011

#269 Rastapé, "Cantando a história do forró"


Neste disco, o Rastapé deixa seu repertório de lado e presta uma senhora homenagem aos grandes artistas do forró e seus intérpretes. E claro, com toda a competência de seus trabalhos autorais. Apesar de até hoje não saber dançar dignamente forró, me amarro em ouvir as músicas e gosto bastante do ritmo (algo bom a se frisar pra quem toca algum instrumento de percussão).

Descobri esse disco por acaso: estava procurando versões da música "Abri a porta", do A Cor do Som, já que conhecia uma ótima cantada por Gilberto Gil e Dominguinhos. Dei de cara com ela cantada pelo Rastapé e saí procurando o disco que tinha essa versão. Foi uma descoberta muito oportuna para aquele meio de ano (maio de 2007, pra ser mais exato), já que eu fazia planos de passar as festas juninas no Nordeste. O sonho não se concretizou ainda, mas ao menos fiz uma excelente aquisição à minha cdteca.

Das 14 músicas que compõem o CD, eu não consigo dizer uma que seja mediana: são de boas pra cima. Alguns pout-pourris muito bons, como o especial Alceu Valença ("Morena tropicana / Anunciação") e o especial Dominguinhos ("Eu só quero um xodó / Pagode russo"), além das clássicas "Bate coração" (Elba Ramalho) e "Feira de mangaio" (Clara Nunes). Se colocam dignamente na história do forró ao interpretar a excelente "Colo de menina".

A música que mais ouvi neste disco
Meu apreço pela discografia de Alceu falou alto: "Morena tropicana / Anunciação"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Este disco eu dedico a todas as festas de São João do nosso país, especialmente no Nordeste, onde literalmente todos se mandam para o interior curtir forró, comidas típicas, fogueira, bandeirolas, etc. Ainda não foi dessa vez que eu pude participar de uma por lá (já que aqui no sudeste nós temos apenas um arremedo de festa), mas ano que vem eu tento de novo

Um pedacinho do disco:
http://www.youtube.com/watch?v=C5Zs1Lavo9I

quarta-feira, 22 de junho de 2011

#268 George Michael, "Older"

Era uma vez, uma jaqueta de couro e um jeans rasgado...


Depois que saiu do armário, George Michael entrou em uma onda mais introspectiva, mais reflexiva. No lugar da jaqueta de couro e do jeans detonado, o cara passou a usar ternos finos, cavanhaque corretinho e cabelos bem cortados. "Older" foi o registro musical desta etapa mais madura. Bom, sejamos justos, "Older" tem lá as suas faixas dançantes, mas nada para se descabelar na pista. "Fastlove" em nada lembra a folia de "Freedom 90" ou "Faith". É som para ouvir dando um passinho para cá e outro para lá - sem largar o copo de whisky. George ficou mais sofisticado, mais elegante. No fundo, acho que "Older" não foi feito para se ouvir no clima de gandaia. É um álbum para ser apreciado da forma que faço agora: baixinho, enquanto escrevo.

A música que mais ouvi neste disco
Nenhuma em especial, mas acho que dediquei um pouco mais de atenção à "Fastlove".

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Older" está muito ligado ao Brasil. No encarte, George dedica o disco ao maestro Antonio Carlos Jobim (que mudou seu jeito de ouvir música) e ao ex-namorado brasileiro Anselmo Feleppa, falecido em 1993.
Anselmo Feleppa também inspirou "Jesus to a Child", balada de mais de seis minutos.
George Michael é nome artístico. Por batismo, é Georgios Kyriacos Panayiotou.

Um pedacinho do disco


terça-feira, 21 de junho de 2011

#267 Geraldo Azevedo, "Uma geral do Azevedo"


Baseado em show do cantor pernambucano no Circo Voador, em 2008, esse disco é um grande apanhado dos 35 anos de carreira de Geraldo, um dos músicos nordestinos que mais admiro. Uma pena que eu não tivesse ouvido falar do show na época, porque com certeza eu estaria lá presente. Mesmo não sendo muito fã de gravações de DVD (muitas vezes algumas performances parecem artificiais, sem contar quando os músicos são obrigados a repetir músicas porque "a gravação não ficou boa")

Algumas músicas são realmente imperdíveis. Logo no começo, "Dona da minha cabeça" me faz lembrar dos casos de uma adolescência recorrente, que poucos são capazes de admitir embora muitos a revisitem quando a alma parece ficar velha e empoeirada. "Chorando e cantando", "O amanhã é distante", e mais adiante segue a "Caravana", que sempre me põe pensativo: a vida é cigana. Depois "Dia branco", um dos meus poemas cantados prediletos; "Canta coração" é de uma simplicidade e doçura raros.

Mais adiante a famosa "Bicho de sete cabeças", depois a "Menina do Lido": existe algo mais óbvio e genial do que 'menina eu te conheço não sei de onde / mas por incrível que pareça sei o seu nome' ? Pior que tem, e se chama "Moça bonita", que abre um medley excelente, culminando na ótima "Sétimo céu". Muita música boa, né? Mas tem mais: "Táxi lunar" ao final fecha o disco com chave de ouro e mostra que grande contribuição Geraldo deu à música popular brasileira

A música que mais ouvi neste disco
O medley "Moça bonita / Sabor colorido / Sétimo céu"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Esse disco mexe muito comigo, porque várias músicas foram marcantes em vários momentos decisivos da minha vida (talvez a não tão sutil mudança de estilo de escrita no post como um todo dê essa dica) . Especialmente de 5 anos pra cá. E de todas, acho que "Caravana" tem um sabor especial, por conta de um vendaval que passou na minha vida

Um pedacinho do disco:
http://www.youtube.com/watch?v=TgeF4V_NsbE

segunda-feira, 20 de junho de 2011

#266 Eric Clapton, "From the Cradle"

"From the Cradle" é um disco especial na minha prateleira. Foi o primeiro CD que comprei sem influências de modinhas, ondas ou exigência dos amigos mais entendidos no assunto. Eu tinha 15 anos e ainda morava em Petrópolis. Na galeria onde eu pegava o ônibus depois do colégio, havia uma loja de discos no segundo andar. O nome era "Blitzkrieg" e a especialidade da casa era o rock. Enquanto esperava a condução, eu ficava futucando pilhas e pilhas de CDs de bandas que eu jamais ouvira falar. O cara do balcão, um sujeito de uns 30 anos, sempre botava um som ambiente legal e por muitas vezes eu me atrasei para o almoço só para ficar um pouquinho mais naquele mundão de música. Numa dessas, eu descobri "From the Cradle" e foi amor à primeira audição.

Era um álbum em que Eric Clapton prestava uma justa homenagem ao blues mais roots, que tanto o influenciou em sua mocidade. A primeira faixa, "Blues Before Sunrise" ecoava pela Blitzkrieg e eu fazia as contas sobre quanta fome eu passaria para comprar aquele disco. Naquela época, eu juntava o dinheiro do lanche para gastá-lo em CDs e gibis do Homem-Aranha. Não lembro quanto tempo levou, mas sei que emagreci bem, afinal era um CD importado. Valeu a pena!

A música que mais ouvi neste disco
"Hoochie Coochie Man" tem aquela introdução espetacularmente blueseira. Ouvvi demais. Porém, foi "Blues Before Sunrise" que me encantou e ainda encanta.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Lá pelos 16 ou 17 anos, eu frequentei muito o Nucrepe, bar maneiro de Itaipava. Uma das razões eram shows de blues que rolavam no quintal do estabelecimento. As bandas tocavam em um palco pequeno e a galera se aglomerava ao redor de uma fogueira. Estamos falando de Petrópolis, onde o inverno é de gelar os ossos.

Um pedacinho do disco

domingo, 19 de junho de 2011

#265 Pet Shop Boys, "Discography"

Esse duo inglês dispensa grandes apresentações. Também, com mais de 100 milhões de discos vendidos na carreira, difícil alguém com algum contato com cultura pop não tenha ouvido falar dos Pet Shop Boys. Mesmo assim, eu demorei bastante pra comprar um disco deles.

Ouvi pela primeira vez no final dos anos 80, eu um mero adolescente não muito sociável (quem me conhece há pouco tempo jura que isso é mentira, mas eu era realmente recluso). Sabia que nas pistas só dava "Domino dancing" e "What have I done to deserve this?", mas eu não era muito fã de matinês. Mas eu já era viciado em rádio, e por isso essas e outras eram figurinha fácil nas fitas que eu gravava. Mesmo assim, não sei dizer o porquê, mas eu nunca tive esse impulso de comprar algum disco deles.

Já nos anos 90, os PSB lançaram essa coletânea com seus maiores sucessos até então, e aí não tinha como evitar. Nem esperei o preço cair: comprei tão logo surgiu nas lojas. E não me arrependi de maneira nenhuma. Das 18 músicas que fazem parte dessa compilação, só tem umas 4 ou 5 que eu acho fracas. Além das que eu citei acima, destaco a ótima "Being boring" (que tem um clipe gostoso pacas de ver), "Always on my mind" (cover de Elvis Presley) e "Where the streets have no name (I can't take my eyes off you)" (mistura do sucesso do U2 com o clássico de Frank Valli).

A música que mais ouvi neste disco
"Always on my mind"


Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Being boring" me lembra muito uma viagem que fiz pra Araxá no inicinho dos anos 90, para passar a semana santa no Grande Hotel (enorme, com ampla área verde, lago, bicicletas pra alugar, banhos termais, etc). Passava o dia inteiro perambulando pelo hotel ouvindo walkman e era nota zero em socialização. Várias pessoas da minha idade se conhecendo, e eu quieto ouvindo música e viajando nos amores platônicos.

Um pedacinho do disco:
http://www.youtube.com/watch?v=LtjFsFXU9YU


sábado, 18 de junho de 2011

#264 Dave Matthews Band, "Before These Crowded Streets"

Poucos discos da minha querida estante são tão agradáveis quanto esta preciosidade do Davi Mateus, ou melhor, Dave Matthews e sua banda. Pronto! Já começo este dia com uma introdução superlativa. Justa, mas superlativa. Pois então, "Before These Crowded Streets" é isso aí. Um CD que concilia sofisticação, criatividade, modernidade e qualidade, sem perder sua energia pop.

Na opinião do blogueiro platinado, "Before These Crowded Streets" é um disco perfeito para reuniões de amigos. Você taca este CD na vitrola e serve as bebidas. Ao mesmo tempo, é melódico a ponto de fazer o clima para um jantar íntimo com aquela tchutchuca metida a culta. E também vale como trilha sonora para viagens longas. Bom, resumidamente, esta bolachinha combina com quase tudo.

Formada pelo cantor Dave Matthews, quatro músicos fixos e uma porrada de convidados, a banda é de um apuro musical tremendo. Vai das baladinhas mais suaves ("Spoon") até o furacão sonoro ("The Stone" ou "Don't Drink the Water"), com espaço para os flertes com a música árabe ("The Last Stop") ou com o jazz ("Crush"). Ah, é um discaço! Aprecie com um bom whisky ou com uma taça de vinho de boa safra.

A música que mais ouvi neste disco
Sem sacanagem, ouvi "The Last Stop" incansavelmente. Música que faz você se sentir bem ou mais bonito.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Várias vezes, eu me preparei para sair à noite ao som de "Before These Crowded Streets". Acho que é um disco que faz você se sentir mais bonito. Vai entender.
Comprei este CD na época do Rock in Rio 3, quando Dave Matthews se apresentou no festival. Acho que eles sofreram o mesmo incoveniente que o Beck, ou seja, eram sons mais intimistas e menos multidão. Mas eles mandaram muito bem. Baita show!
Analisando bem, "Before These Crowded Streets" é um dos meus discos favorites.

Um pedacinho do disco

sexta-feira, 17 de junho de 2011

#263 Jesus Jones, "Doubt"


Nos áureos tempos do Hollywood Rock conheci o Jesus Jones, uma banda inglesa que fazia uma boa mistura de rock com sintetizadores enquanto aguardava pelo antológico show de Paralamas & Titãs (juntos no palco). Aliás, as grandes novidades daquele festival (1992) foram Jesus Jones e EMF, ambas bandas inglesas que faziam pop rock com efeitos de sintetizadores (na época não existia ainda o britpop).

Enquanto o EMF fez um show altamente presepeiro, os caras do Jesus Jones fizeram uma apresentação muito boa, e Mike Edwards esbanjou presença de palco. O suficiente para me despertar um curiosidade de conhecer mais o repertório da banda. Na mesma época, a MTV Brasil confirmava seu papel de lançadora de tendências musicais (ao menos nos anos 90) e tinha 2 clipes deste disco na programação: "Right here, right now" e "Real real real". O suficiente para me encorajar a comprar o "Doubt".

Não foi difícil achar o CD pra vender, já que as lojas foram abastecidas com os últimos trabalhos das bandas confirmadas no festival. De cara, fiquei um bom tempo fixado em "Right here, right now", hit daqueles bem óbvios e que é bem lembrada até hoje. "Real real real" e "International bright young thing" também são ótimas. O resto do CD tem músicas boas mas que não tem a mesma pegada, e umas outras esquecíveis. Mas no final das contas, a banda sumiu das paradas quase tão rápido quanto apareceu, embora nunca tenham debandado.


A música que mais ouvi neste disco
"Real real real"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Recentemente, "Right here, right now" foi usada como jingle para comerciais da rede de supermercados Kmart, para a montadora Ford e para a Copa do Mundo de Rugby de 2011 (num cover gravado pela banda The Feelers)

Um pedacinho do disco:



quinta-feira, 16 de junho de 2011

#262 Natiruts, "Natiruts"

Nunca fui um graaaaaande fã ou entendedor do reggae. Bob Marley vai além do reggae. É como Pelé, Zico, Maradona ou Obina, isto é, um nível acima do que pressupõe a nossa vã filosofia. Saindo das divindades e entrando no gurpo dos mortais comuns, até me arrisquei a ouvir Peter Tosh, UB40, Black Uhuru e Steel Pulso, mas sem grandes emoções. Entre sons tupiniquins, o Cidade Negra e O Rappa têm seus méritos, mas não os vejo como representantes absolutos do reggae. Quase sem querer, descobri uma banda nacional que fazia um sonzinho honesto e roots: o Nativus.

Aliás, o nome "Nativus" durou pouco. Mal fizeram algum sucesso e apareceu uma banda do sul que clamou o nome. Assim como o J. Quest virou Jota Quest, o Nativus mudou para Natiruts e vida que segue. Bom, o tal disco era forte na influência jamaicana e com grande apelo para a molecada. No clime "baseado-pós-praia", o CD tinha qualidade e canções agradáveis. Em pouco tempo, "Liberdade pra dentro da cabeça" estava tocando em todo canto. A galera do Posto 9 curtiu.

A música que mais ouvi neste disco
Ouvi muito "Som de Bob", que ganhou uma versão forró igualmente divertida.

Presepada musical ou uma pequena curiosidadeO bonequinho jogando futebol na capa do disco não é por acaso. Além da música, a banda se amarra no bom e velho esporte bretão. Já joguei bola com um dos membros do Natiruts, por sinal.

Um pedacinho do disco

quarta-feira, 15 de junho de 2011

#261 The Police, "Synchronicity"


Confesso que hoje eu parei pra rever um pouco de tudo que eu e o Surfista escrevemos por aqui. Na boa, é MUITO disco! E minha idéia era olhar pra trás pra ver se algum grande disco ficou de fora: por mais que você tenha seus prediletos, sempre acaba deixando algum de lado por um motivo besta qualquer. E nessa categoria se enquadra esse EXCELENTE disco de uma das bandas mais influentes do pop rock mundial.

O Police é mais uma das bandas que eu cresci ouvindo: é uma das prediletas do meu irmão, 10 anos mais velho, com quem dividia quarto. Lembro perfeitamente das tentativas dele de tentar cantar igual ao Sting, obviamente todas infrutíferas: NINGUÉM canta igual ao Sting. Hoje em dia, nem ele mesmo. :D E lembro muito bem dessa colorida capa entre os vinis intocáveis dele, que eu ouvia por tabela mas não podia chegar nem perto.

Anos depois, tive que ter o meu exemplar do Synchronicity. A começar pela maravilhosa "Every breath you take", uma das músicas pop românticas mais inspiradas na minha humilde opinião. Só essa pra mim já vale o disco, mas as 10 faixas reservam mais ótimas surpresas: as duas músicas que dão nome ao disco são ambas excelentes ("Synchronicity" e "Synchronicity II"), mas as faixas 8 e 9 são também dois grandes pesos pesados do pop mundial: "King of pain" (que ganhou uma ótima versão de Alanis Morrisete) e "Wrapped around your finger" (cantada em espanhol pelo Skank). Não é um disco obrigatório na prateleira de qualquer um?

A faixa que mais ouvi neste disco
Apesar de todo o sucesso de "Every breath you take", a que eu mais ouvi foi "Synchronicity II"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Nos meus tempos trabalhando como dive master, nossa equipe sentou numa mesa de bar para pensar numa camisa que iríamos confeccionar para usar tanto na operação quanto nos intervalos em terra, especialmente em viagens. Como são todos aficcionados por música, começamos a caçar trocadilhos musicais para estampar as camisas. Quando estávamos quase decididos por "For those about to dive, we salute you" (inspirado em música do AC/DC, que por sua vez foi inspirada nos dizeres dos gladiadores romanos de um filme), percebemos o quão perfeito para um dive master são determinados versos do Police (de "Every breath you take"):


"...Every breath you take
Every move you make
I'll be watching you..."
Um pedacinho do disco:


terça-feira, 14 de junho de 2011

#260 R.E.M., "Reveal"

O mitológico (e antológico) carnaval de Ouro Preto me rendeu uma trilogia. Em 2000, 2001 e 2002, a cidade dos inconfidentes foi o meu porto seguro na folia. Nas três vezes, voltei para casa apaixonado por alguma colombina mineira ou paulista que por lá deu o ar da graça. Na quinta-feira, eu já havia superado a fossa e tocado a vida, é bem verdade. Pois no retorno do último capítulo da saga momesca, parei em um posto de beira de estrada para um pit-stop estratégico. Entre um xixi e uma coca-cola, achei na banquinha de souvenirs o então novo CD do R.E.M., o bacana "Reveal".

O carro do amigo que conduzia a tropa de guerreiros para a missão em Ouro Preto não tinha CD-Player, então tive que esperar até o Rio para ouvir "Reveal". O álbum fora adiantado em 2001, na lendária participação do R.E.M. no Rock in Rio. O single "Imitation of Life" abriu as portas do repertório entrando em várias billboards da vida.

Equilibrando bem as cançãoes mais pops e as mais introspectivas, Michael Stipe e seus blue caps criaram um álbum digno da sua discografia. Eu, particularmente, gostei bastante, apesar de não ter me deslumbrado.


A música que mais ouvi neste disco
Curto muito a feminilidade e melodia de "She just wants to be".

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Tirando o lance do carnaval de Ouro Preto, nenhuma.

Um pedacinho do disco

segunda-feira, 13 de junho de 2011

#259 Cypress Hill, "Black Sunday"


Apesar de inimaginável hoje, em meados dos anos 90 eu tive um forte flerte com o rap / hip hop. E aí não digo simplesmente a parte "cheirosinha" das paradas pop (leia-se MC Hammer e Vanilla Ice), mas como também o pessoal do gangsta rap, entre outros. E nessa época, não tinha como passar incólume ao Cypress Hill.


Foi o primeiro grupo de origem latina a fazer sucesso nas paradas rap / hip hop americanas, o que pra gente não é grande coisa mas pra eles é um feito e tanto. Mais ou menos como ter um grupo de samba gaúcho lado a lado nas paradas com o pessoal de Madureira. O carro chefe desse sucesso foi a música "Insane in the brain", que fez muito sucesso no mundo inteiro nessa época.

Graças a esse sucesso, fiquei na pilha de ouvir mais músicas do Cypress Hill. Durante uma viagem a Blumenau (Oktoberfest de 1994, sensacional!), vi esse CD à venda na Americanas de lá por um preço camarada. Como não tinha discman, só pude ouvir quando voltei pro Rio. Era um CD bem divertido, com umas 7 ou 8 músicas boas num total de 14 músicas. Destaque para "Lick a shot", "Cock the hammer", "When the shit goes down" e "3 lil' putos".

A música que mais ouvi neste disco
"Insane in the brain" sem dúvida alguma (e recentemente a versão cantada em espanhol: "Loco en el coco")

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Só depois que comprei o disco que descobri que eles são o Planet Hemp dos americanos: 9 entre 10 músicas pregam a legalização da maconha. Ficou mais evidente ao ouvir a trilha sonora do filme "Judgment Night" (comentada pelo Surfista aqui), quando se juntaram ao Sonic Youth para gravar a música "Mary Jane" (uma declaração de amor à marijuana)

Um pedacinho do disco:

domingo, 12 de junho de 2011

#258 Zé Ramalho, "20 Anos - Antologia Acústica"

Venhamos e convenhamos, o artista que chega aos 20 anos de carreira com credibilidade não pode ser só mais um rostinho bonito. E o que falta de "buniteza" para Zé Ramalho sobra em talento para ser um dos grandes poetas e intérpretes da música nordestina. Aliás, da música brasileira.

Zé Ramalho recebeu o merecido reconhecimento por sua obra nos anos 1990. "Admirável Gado Novo" entrou na trilha de novela das oito e conquistou o povão, muitos anos depois do seu lançamento original. Foi a brecha para que o bardo nordestino mostrasse que seu trabalho vai muito além da trilha da novela lançada pela Som Livre. Rolou um clima do tipo "ah, então 'Frevo Mulher' é dele?", "ih, 'Eternas Ondas' não era do Fagner?". Eu me incluo neste grupo e me encantei pela música do cara, muito graças a "20 Anos – Antologia Acústica". Aliás, o título "Antologia Acústica" é justíssimo!

Em um álbum duplo que não levou o selo MTV, Zé Ramalho recriou seus maiores sucessos. Lá estão "Avôhai", "Táxi Lunar", "Vila do Sossego", "Chão de Giz", "Beira-Mar" e "Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer sem Sentir Dor". Putz, este título de música é quase uma letra completa.

A música que mais ouvi neste disco
Simplesmente a-do-ro "Chão de Giz", seja na voz do Zé ou da Elba. É uma canção belíssima

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Na época do forró-universitário, Zé Ramalho colocou seus xaxados nas vitrolas do eixo Rio-São Paulo. Conheci uma menina que dizia "ai, passo mal com o Zé cantando 'Vila do Sossego'. Sem noção, cara". Pois é, sem noção.
O encarte do álbum é praticamente uma enciclopédia. Tem as histórias e causos de cada faixa.

Um pedacinho do disco

sábado, 11 de junho de 2011

#257 Beirut, "Gulag Orkestar"


Álbum de estréia do Beirut, leia-se Zach Condon. Digo isso porque ele na verdade foi concebido e gravado por ele e uma penca de amigos músicos, que fizeram toda a cama instrumental das músicas do disco. Apesar de ter saído antes do "Flying Club Cup" (do qual falei aqui), demorei um pouco a ter contato.


De cara, Beirut por aqui virou sinônimo de "Elephant Gun" (que fez parte da trilha sonora do seriado Capitu), "Nantes" e depois "A Sunday Smile". Até que um dia eu vi por acaso a música "Postcards from Italy" no blip.fm da SofiaFada, e fiquei completamente fascinado por ela. Tudo bem, assumo que virei fã dessa mistura de melodias folk de origem cigana (leste europeu) que Zack tão bem mescla com arranjos pop e, em alguns casos, naipe de metais que remetem aos mariachis mexicanos, mas "Postcards from Italy" é simplesmente PERFEITA! Desde então (meados de 2009) que digo que é minha música predileta, e só foi desbancada agora em março pelo novo single do Strokes ("Under cover of darkness")

O resto do disco é um tanto diferente de Postcards..., focando bem mais nos arranjos e menos numa construção melódica pop. Grande destaque para a ótima voz de Zack Condon, que em algumas músicas rouba a cena. De qualquer forma, as faixas me dão uma noção de continuidade, ou seja, curto ouvir o disco inteiro na sequência, especialmente pra compor o ambiente (não gosto do termo lounge music :P)

A música que mais ouvi neste disco
Alguma dúvida de que foi "Postcards form Italy"? Foi a música que eu mais ouvi em TODO o ano de 2010, pra vocês terem uma idéia (segundo dedurou o meu iTunes)

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Apesar do rebuscamento dos arranjos, da sobriedade dos vocais e da erudição de algumas músicas, Zack tinha apenas 19 anos quando compôs esse disco, e jamais tinha colocado os pés na Europa. Esse cara promete! (e eu espero que cumpra :D)

Um pedacinho do disco:

sexta-feira, 10 de junho de 2011

#256 Skank, "Calango"

Era uma vez, 1994...

"Calango" é um disco que me invade o blogueiro platinado com profunda nostalgia. Ele remete a um tempo de colégio, matinê no cinema, Sessão da Tarde, Cine Petrópolis, Mick's Burger, Copa dos Estados Unidos, invernos gelados na serra, coleção de gibis de super-heróis, vizinhas gostosinhas e outras peripécias de um fase sub-16.

Era também uma época em que o Skank ainda era apenas uma banda simpática que tocava pop com tempero de reggae. "Calango" era um disco leve, divertido e altamente chiclete! "Jackie Tequila" foi a primeira a tocar loucamente. Depois, vieram "Esmola", "Amolação", "Pacato Cidadão" e a linda "Te Ver".

Ah, sejamos sinceros. A banda para marcar seu lugar no universo pop tem que ter uma música romântica. Tim Maia chamava isso de "mela-cueca". Neste quesito, o Skank tinha em "Te Ver" uma melodia agradável e o primeiro verso que dizia tudo: "te ver e não te querer é improvável. É impossível". Qual menina não suspirava ao som desta declaração?

A música que mais ouvi neste disco
"Te Ver" e "Jackie Tequila" em empate técnico.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Nesta época, conheci uma menina ficava soltinha ao som de "Jackie Tequila".
O Skank foi uma das primeiras bandas que vi ao vivo. Eu não tinha o hábito de ir a shows e não sabia muito bem qual era o dress-code. Lembro que fui a uma apresentação da turnê de "Calango" vestindo calça marfim, camisa social e sapatos brilhantes. Parecia que estava indo a uma entrevista de emprego.

Um pedacinho do disco

quinta-feira, 9 de junho de 2011

#255 Vários, "MooNight - a festa"


No virada dos anos 90 pros anos 2000, eu tive uma séria recaída no hábito de frequentar boates. Na época namorava uma menina que gostava bastante de ir a boates, e a maioria dos meus amigos estavam solteiros. Nessa época, surgiu uma festa muito badalada chamada MooNight. Não lembro com exatidão, mas acho que rolava no Clube Monte Líbano. Não cheguei a ir em nenhuma, porque eram todas mega lotadas (e o precinho era violento para o bolso de um estagiário).


Mesmo assim, como toda vesta hype de um determinado tempo, lá tocava tudo do bom e do melhor para o gosto da rapaziada. Eu quase afirmo que o que os DJs da festa tocavam acabava virando sucesso e era copiado pelos outros DJs da noite carioca. Seja qual for a razão, quando o pessoal da festa resolveu compilar os sucessos das pistas de lá num CD, acertaram em cheio.

Nessa época já tínhamos o Napster e o Kazaa para buscar MP3 na internet, mas para músicas de dance / hip hop / techno e afins era uma tarefa bem difícil. Principalmente porque você achava na rede uma mesma música com inúmeras versões diferentes (remixadas por DJs diversos), e o que queríamos era AQUELA versão que nos acostumamos a ouvir e dançar na noite. E também por isso, o CD da MooNight vendeu igual pão quentinho. Hoje em dia eu não tenho mais o hábito de ir a boates (acho que ninguém da minha geração), mas essas músicas acabam tocando em festas. E eu acabo usando algumas nas minhas playlists de corrida.

A música que mais ouvi neste disco
"Stomp" (do DJ Trajic), que fez tanto sucesso que foi base para vários remixes de músicas subsequentes, graças a sua batida marcante

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
A música "Stay in love" (Mon A Q) era a típica "música de mulherzinha" na época: bastava tocar os primeiros acordes para a mulherada rata de boates soltar um gritinho qualquer e se bandear para a pista. E a macharada guerreira e vigilante logo acompanhava. Fenômeno clássico que se repetiu em várias outras músicas (como por exemplo na "You gotta be", da Des'ree)

Um pedacinho do disco


quarta-feira, 8 de junho de 2011

#254 Los Hermanos, "Los Hermanos"

Torço pelos amigos. É sério! Fico feliz quando um camarada é promovido no emprego ou quando dá algum passo importante na vida. Não é demagogia. Quando ouvi "Anna Julia" pela primeira vez nas rádios, entre as mais tocadas, fiquei uma grande alegria pela banda de amigos da faculdade que conseguiram levar as músicas das fitinhas-demo ao Brasil inteiro. Pois é, conheço o Los Hermanos desde os tempos das fitinhas.

Ah, hoje em dia não existem mais fitinhas. A galera coloca o som no MySpace ou taca o repertório todo em algum blog. Foi-se o tempo do romantismo daqueles K7s sem-vergonhas, escritos à caneta Bic e vendidos por uma merreca. Novos tempos, compadre. Camelo, Amarante, Barba, Medina e Patrick (baixista da formação original) venderam poucas fitas, mas venderam muitos e muitos CDs.

Graças a "Anna Julia", o quinteto viajou pelo Brasil, tocou no Faustão, Raul Gil, bombou nas FMs e animou até o carnaval de 2000. Só que o disco de estreia ia bem mais que a folia romântica deste single. O álbum era curtinho (menos de 40 minutos), mas tinha músicas bem legais. Em um contexto mais feliz e repleto de histórias de amor, o repertório tinha "Pierrot", "Azedume", "Tenha Dó", "Lágrimas Sofridas" e "Primavera", dentre outras. "Aline" e "Bárbara" foram outras musas homenageadas.

A música que mais ouvi neste disco
Ouvi muito "Anna Julia" pela insistência das rádios. Porém, "Pierrot" foi meu lado B favorito deste disco.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Pierrot" ainda é uma das músicas pedidas pelo público nos shows da banda.
No primeiro disco, os integrantes do Los Hermanos ainda não usavam barba.

Um pedacinho do disco

terça-feira, 7 de junho de 2011

#253 Beck, "Mellow Gold"


Um dos queridinhos da galera alternativa dos anos 90, só vim saber quem era esse tal de Beck por conta da MTV. O clipe de "Loser" era figurinha fácil na programação da época. Confesso que gostei de cara da construção da música, mas só tive o ímpeto de comprar o CD depois que outras duas ótimas músicas desse disco deram as caras : a baladinha "Pay no mind" e a agitada "Beercan"


Talvez por conta disso, foi relativamente fácil achar o CD pra vender na época. Coloquei pra tocar e confesso que gostei bastante. Algumas coisas beeeeem experimentais (do tipo que deve ser ótimo pra quem toca mas soa sem nexo pra quem escuta), mas também algumas boas idéias. Desse disco aí eu gostava também da "Truckdrivin neighbor downstairs" (que pelo vocal grave parece ser cantada em klingon). Passou um tempo, e eu só ouvia essas 4 músicas. Quando surgiu o MP3, ripei as 4 e passei o CD adiante.

A música que mais ouvi neste disco
Apesar da propaganda maciça em cima de "Loser", ouvi muito mais "Pay no mind"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Beck sempre foi sondado pra vir ao Brasil, mas sempre fez pouco dos convites. Pra mim, seria um show PERFEITO para um evento mais intimista, tipo o Free Jazz (que mais tarde passou a se chamar TIM Festival). Só que ele só veio pra cá pra um grande festival, no caso o Rock in Rio III. Eu tive a oportunidade de ver o show (foi no mesmo dia do R.E.M.) e acho que ele ficou perdido naquele palcão enorme. Deu mole

Um pedacinho do disco:


segunda-feira, 6 de junho de 2011

#252, Melanie C, "Nothern Star"

Na faculdade, você está exposto a diversas drogas. Cabe a você experimentar ou não. Eu não me encantei por nada produzido pelas Spice Girls, mas caí no canto da sereia de Melanie C. "Ah, é a Spice Girl mais feinha, 'Goin' Down' é um clipe interessante e ela tem a voz mais legal do grupo", pensei. Bom, comprei.

Na verdade, o que mais me chamou a atenção para este CD foi o clipe de "Goin' Down", uma canção com pegada roqueira, vocal forte e uma impressão de que Mel C poderia se redimir e salvar sua alma. Bom, na verdade, "Nothern Star" atira para todos os lados. Tem a tal faixa rock, tem lá seu britpop, muito popzão e baladinhas. O álbum não causou náuseas, mas também empolgou pouco. Enfim, é um disco inofensivo.


A música que mais ouvi neste disco
"Goin' Down", pelas razões que já citei antes. Reouvi para escrever esta resenha e vi que a música ainda é legal.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
E para os fãs das Spice Girls com mão cabeluda, tem umas fotos de Mel C com roupinhas transparentes. De fato, a moça atirou para todos os lados.


Um pedacinho do disco:

domingo, 5 de junho de 2011

#251 Novos Baianos, "Novos Baianos F.C."


Como já disse aqui, demorei pacas a descobrir a qualidade musical dos Novos Baianos. Depois de me deliciar com o "Acabou Chorare", fui apresentado ao "Novos Baianos F.C." por um primo durante uma viagem a Brasília em 2008. Nesse ano especificamente eu marquei ponto na capital federal por conta de um relacionamento, que não deu em nada muito sério mas quase me levou à falência.


Em cada uma dessas viagens, era quase obrigatório passar na casa do meu primo pra ouvir música e conversar sobre (ps: é o mesmo primo de quem falei aqui). Enquanto eu sou um cara que costuma chafurdar nos novos lançamentos de bandas de rock, alternativo, britpop e afins, ele é um grande 'pesquisador' de tudo que já foi feito de bom na música brasileira. E como me conhece bem, já sabe o tipo de música do qual costumo gostar. E ao falar desse disco, disparou: "Eu DUVIDO que você não fique viciado nas músicas Só se não for brasileiro nessa hora e Alimente!". Não deu outra: moraram por muito tempo nas minhas playlists do dia a dia.

Além dessas, o resto do disco é todo muito bom, com destaque para "Cosmos e Damião", "Os pingo da chuva" e o clássico de Dorival Caymmi, "O Samba da minha terra"

A música que mais ouvi neste disco
"Os pingo da chuva", apesar do tanto que ouvi as 2 primeiras

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Esse disco todo lembra muito essa época que eu encarei namoro à distância, apesar de todos os conselhos de amigos dizendo que não ia dar certo e eu só perderia tempo e dinheiro. E a música emblemática desses namoricos no cerrado foi "Os pingo da chuva", apesar do namoro ter acontecido mais durante o tempo da seca (inverno). Além dessa, tem umas músicas do Moby que lembram muito esse tempo, mas isso fica pra outro post :D

Um pedacinho do disco:


sábado, 4 de junho de 2011

#250 Planet Hemp, "MTV ao Vivo"

Hoje em dia, Marcelo D2 não é mais o pesadelo do pop. O cara faz parte do mainstream, faz shows lotados, é querido pela crítica e pode até sentar no sofá da Hebe. Porém, no final dos anos 1990, ele e seus comparsas do saudoso Planet Hemp eram "personas non gratas" para as autoridades. Além de shows cancelados, já foram até em cana. Com a bandeira da maconha levantada, era a banda brasileira mais subversiva do seu tempo.

Descobri o Planet Hemp no final do colégio e, obviamente, eles se tornaram figurinhas fáceis em churrascos da molecada que queria brincar de transgressão. Só que a polícia não achou graça da brincadeira e soltou os cachorros em cima dos caras. Cada show era uma batalha judicial e cada aparição na TV era uma nova polêmica. Segundo Frejat (do Barão Vermelho), os músicos do Planet Hemp foram os únicos artistas da nova geração que sentiram na pele o que é viver sob a mão pesada da repressão.

Em 2001, o Planet Hemp lançou o seu "MTV ao Vivo", com os seus maiores sucessos. Foi o último disco da banda e, talvez, o mais furioso. No registro ao vivo, D2 e BNegão estão sem freios. Cada música ficou ainda mais casca-grossa e a palavra "maconha" é repetida tantas vezes que o ouvinte fica chapado só de ouvir o CD. Com vocais acelerados e guitarras pesadas, o disco vai do rap ao hardcore, passando pelo funk metal e pela black music. É para queimar até a última ponta!

A música que mais ouvi neste disco
"Dig Dig Dig (Hempa)" pulando na sala. "Zerovinteum" também merece nota.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Mesmo com o samba da nota só (maconha, maconha, maconha...), o Planet Hemp foi panfletário e político. Com estilo bem similar, acho que eles são a versão nacional do Molotov e do Rage Against the Machine.
Em seu caráter didático, este álbum mostra quase todos os sinônimos para a palavra "maconha": erva, chalaça, beque, ganja, cannabis, baseado, marijuana, mary jane etc.
Comprei "Planet Hemp - MTV ao Vivo" por R$ 1,99 em uma promoção das Lojas Americanas.


Um pedacinho do disco

sexta-feira, 3 de junho de 2011

#249 Lulu Santos, "Acústico MTV"


Antes de falar desse disco, um pequeno desabafo: pra mim Lulu Santos é um dos grandes desperdícios da música brasileira #prontofalei (ou seja, um cara muito bom musicalmente mas que vulgarizou a própria carreira pra se manter "na moda"). Dito isso, vamos em frente.


Lulu Santos também embarcou no filão dos acústicos da MTV e tenho que confessar: o dele ficou MUITO bom! Dono de um bom repertório nas décadas de 70 a 90, na minha humilde opinião Lulu começou a se perder no final da década de 90 ao querer investir demais no pop e deixar o rock de lado. Felizmente nesse acústico, ele resgata seus grandes sucessos na carreira com o padrão "acústico MTV" de qualidade: bons arranjos e músicos competentes acompanhando.

Pra mim, uma das marcas registradas desse disco duplo é o uso de pout-pourris, com um em cada disco: "Toda forma de Amor / Um certo alguém / O último romântico" no 1º e "Sereia / De repente Califórnia / Como uma onda" no 2º. Além dessas, outras que ouvi bastante nos 2 discos: "A cura", "Apenas mais uma de amor", "Satisfação" e "Tão bem".

A música que mais ouvi neste disco
A deliciosa "Apenas mais uma de amor"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Esses CDs foram a trilha sonora de uma viagem que fiz a Arraial do Cabo em 2000, quando fiz as pazes com o mergulho. Havia ficado 5 anos longe do mar, e aquele fim de semana foi verdadeira bênção na minha vida. Aproveitando, vai uma curiosidade: a música "Sereia" foi escrita por Lulu para o especial infantil "Plunct Plact Zuum" (cantada por Fafá de Belém), mas gostou tanto do resultado que a incorporou em seu próprio repertório.

Um pedacinho do disco:


quinta-feira, 2 de junho de 2011

#248 Trilha Sonora, "Saturday Night Fever"

Uma das minhas primeiras memórias musicais tem como fonte um disco duplo de "Os Embalos de Sábado à Noite". Entre vinis do Rei Roberto e do Gilberto Gil, meus pais tinham umas coletâneas bizarras de "disco music". Dentre as pérolas que não vou citar, o mais legal era justamente a trilha do filme, um álbum grande, preto, com várias fotos do John Travolta sassaricando em pistas de dança iluminadas.

O disco ficou guardado durante toda a minha adolescência. Em meados dos anos 1990, rolou um revival dos anos 1970 e tentei resgatar o vinil dos "Embalos". Não rolou, pois já não tinha mais uma vitrola. Quem não tem LP caça com CD. Comprei as bolachinhas em uma loja on-line que nem existe mais. Cara, o disco é realmente divertido.

Acho que "Saturday Night Fever" compilou (ou foi a origem) dos grandes clássicos da disco music e botou o Bee Gees no Olimpo do pop mundial. Nas 17 faixas, tem KC and the Sunshine, Tavares, Kool & the Gang e outras bandas menos conhecidas. E como cereja do bolo, "Stayn' Alive" se tornou símbolo daquela geração de jovens com calças boca de sino e gola gaivora.


A faixa que mais ouvi neste disco
Tem dúvida? "Stayin' Alive" com direito a copiar os passos do Tony Maneiro.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Acho engraçado como o Bee Gees ficou marcado por esta fase. Eles viraram um tipo de "Jovem Guarda" ou coisa parecida. Ano após ano, só tocabam disco music.
Não passei por presepadas ao som de "Embalos de Sábado à Noite".

Um pedacinho do disco

quarta-feira, 1 de junho de 2011

#247 Faith no More, "Angel Dust"


O Faith No More foi uma das grandes surpresas boas do Rock in Rio 2, e meio que embalado por isso se tornou uma banda de respeito. Muito disso, graças a criatividade e carisma de seu novo vocalista Mike Patton, que deu uma revitalizada no som da banda mesmo chegando no disco anterior ("The Real Thing") só pra gravar as músicas. Muito natural haver uma grande expectativa em torno do disco seguinte, quarto da banda, primeiro com Patton participando de todo o processo.

Nesse "Angel Dust", o FNM fugiu do óbvio caminho de tentar repetir o sucesso do anterior e partiu pra fazer músicas seguindo seu feeling criativo, deixando fluir. No final das contas, saiu um trabalho com mais extremos que o anterior (que ao meu ver tinha como principal qualidade a homogeneidade).

Então nesse aqui temos candidatas a hits (como "Midlife Crisis", que foi o carro-chefe da banda nas rádios e na MTV, e "Small Victory"), algumas mais pesadas ("Caffeine" e "Malpractice"), a pop "Be Aggressive", a estranha "RV" e até a bela instrumenal "Midnight Cowboy", cover da música tema do filme de mesmo nome (estrelado por Dustin Hoffman e Jon Voight) . Ou seja, me parece que a banda optou por um disco mais bizarro, o que é bem a cara de Patton.

A música que mais ouvi neste disco
Graças a MTV, "Midlife Crisis"

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Small Victory" tocava bastante quando tive um flerte não correspondido com uma colega de colégio. O tipo da coisa que não é correspondida por total falta de jeito de ambos. Eu e ela meio que constatamos isso anos depois, num encontro da turma, eu ainda solteiro e ela já quase casando. Aí não adianta: sempre que escuto a música lembro da situação.

Um pedacinho do disco: