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segunda-feira, 20 de junho de 2011

#266 Eric Clapton, "From the Cradle"

"From the Cradle" é um disco especial na minha prateleira. Foi o primeiro CD que comprei sem influências de modinhas, ondas ou exigência dos amigos mais entendidos no assunto. Eu tinha 15 anos e ainda morava em Petrópolis. Na galeria onde eu pegava o ônibus depois do colégio, havia uma loja de discos no segundo andar. O nome era "Blitzkrieg" e a especialidade da casa era o rock. Enquanto esperava a condução, eu ficava futucando pilhas e pilhas de CDs de bandas que eu jamais ouvira falar. O cara do balcão, um sujeito de uns 30 anos, sempre botava um som ambiente legal e por muitas vezes eu me atrasei para o almoço só para ficar um pouquinho mais naquele mundão de música. Numa dessas, eu descobri "From the Cradle" e foi amor à primeira audição.

Era um álbum em que Eric Clapton prestava uma justa homenagem ao blues mais roots, que tanto o influenciou em sua mocidade. A primeira faixa, "Blues Before Sunrise" ecoava pela Blitzkrieg e eu fazia as contas sobre quanta fome eu passaria para comprar aquele disco. Naquela época, eu juntava o dinheiro do lanche para gastá-lo em CDs e gibis do Homem-Aranha. Não lembro quanto tempo levou, mas sei que emagreci bem, afinal era um CD importado. Valeu a pena!

A música que mais ouvi neste disco
"Hoochie Coochie Man" tem aquela introdução espetacularmente blueseira. Ouvvi demais. Porém, foi "Blues Before Sunrise" que me encantou e ainda encanta.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Lá pelos 16 ou 17 anos, eu frequentei muito o Nucrepe, bar maneiro de Itaipava. Uma das razões eram shows de blues que rolavam no quintal do estabelecimento. As bandas tocavam em um palco pequeno e a galera se aglomerava ao redor de uma fogueira. Estamos falando de Petrópolis, onde o inverno é de gelar os ossos.

Um pedacinho do disco

3 comentários:

Navegante disse...

Eu tinha esse CD, mas descobri um amigo que era louco por ele e tinha um CD raro do R.E.M. (que se eu achar, vou falar aqui). Trocamos sem pensar 2 vezes

Maria disse...

MUITA NOLSTALGIA, MUITA!

a blitzkrieg praticamente só vendia CD importado, todos caríssimos.

depois meio que virou loja alternativa com studio de tatuagem (de um dos melhores tatuadores que vi trabalhar, diga-se) e hoje nem sei mais.

e o nucrepe é o que se sabe. quem viveu a fogueira vai achar pra sempre que a fogueira era melhor.

Surfista disse...

Só quem viveu o Nucrepe sabe!