Durante anos, música brasileira sofisticada era sinônimo de Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Baden Powell e outras feras. No entanto, acredito que foi Jorge Ben e Tim Maia que fizeram canções altamente elaboradas e com fortíssimo apelo popular. Enquanto Tião Marmiteiro (futuro Tim Maia) era mestre no soul com alma brasileira, Balbulina (vulgo Jorge Ben) encontrou a fusão perfeita entre o samba e o rock, do qual nasceu o indispensável "África Brasil".
Com uma musicalidade extraordinária, Jorge cantou o amor e temas do cotidiano do povão. No repertório, tinha amor, musas e muito futebol. "Ponta de Lança Africano (Umbabarauma) " atravessou as fronteiras e ganhou o mundo. "O Camisa 10 da Gávea" carimbou a devoção de Jorge ao Flamengo e concedeu ao magistral Zico a maior homenagem da sua vitoriosa carreira.
E ainda tem "Taj Mahal", "Hermes Trismegistro", "O Plebeu", "Xica da Silva" e muitos outros. O LP foi remasterizado pelo sagaz Titã Charles Gavin. Eu, particularmente, considero "África Brasil" um daqueles CDs lendários, míticos, únicos. Coisa fina!
Por curtição, "Ponta de Lança Africano (Umbabarauma) ". Por devoção e rubro-negrismo, "O Camisa 10 da Gávea".
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
"Ponta de Lança Africano (Um "Umbabarauma) " está na lista do jornal The Guardian e no livro "The Book of Playlists", na categoria "as melhores músicas sobre esportes".
Sempre me arrepio quando ouço "O Camisa 10 da Gávea". Brilhante homenagem ao Galinho. O engraçado é que Jorge tentou fazer o mesmo tributo ao atacante Fio Maravilha, que não entendeu o espírito da coisa e processou Jorge.
Um pedacinho do disco
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