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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

#030 Legião Urbana, "Dois"

Como todo moleque que passou a adolescência entre 1990 e 1997, eu guardo um carinho especial pela Legião Urbana, especialmente pelo álbum "Dois". No verão de 1997, já na faculdade, eu viajei com um grupo de amigos de colégio para um temporada em Cabo Frio, litoral norte do Rio de Janeiro. Passamos 15 dias bebendo, comendo miojo, jogando vôlei de areia, bebendo mais e azucrinando as meninas mineiras dos prédios vizinhos. No CD-Player, tínhamos apenas cinco discos: uma coletânea do Men At Work, Bob Marley (óbvio), White Zombie, Alanis Morissette e "Dois", da Legião Urbana. Foram duas semanas ouvindo apenas estes CDs.

A bolachinha da Legião rodou até quase queimar. A gente bebia whisky ao som de "Daniel na Cova dos Leões", pensava no futuro ouvindo "Eduardo e Mônica", dançava na varanda no embalo de "Tempo Perdido" e por aí vai. Depois deste verão, nós nunca mais passamos um tempo juntos. Nos dividimos entre Rio, São Paulo, Curitiba, Londres, Petrópolis e Dublin. Olhando para trás, analiso seguramente que aquele verão foi o nosso rito de passagem dos garotos de colégio para os universitários. Renato Russo nos ajudou na transição.

"Temos nosso próprio tempo (...) / O que foi escondido é o que ninguém escondeu / O que foi prometido, ninguém prometeu / Nem foi tempo perdido / Somos tão jovens, tão jovens..."

A faixa que mais ouvi neste disco
Em um disco tão cheio de músicas emblemáticas, "Quase Sem Querer" é adorável. É romântica, fofinha, otimista, alto astral, melodiosamente bonita e tão próxima aos milhões de moleques que a ouviram – inclusive eu. Particularmente, acho lindo o verso "Eu queria provar para todo mundo, que eu não precisava provar nada para ninguém".

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Depois de muita cerveja nas ideias e Legião Urbana na trilha sonora, eu e alguns amigos simulávamos uma banda com instrumentos imaginários. Acho que o nome disso é air-band, sei lá. Eu simulava a bateria, pois não precisava ficar em pé.
Ah, em um momento tiete, peguei o autógrafo do Dado Villa-Lobos na capa de "Dois".

Um pedacinho do disco:

4 comentários:

Maria disse...

Escrever "óbvio", entre parênteses, depois de Bob Marley, pode ser um tanto comprometedor, hehehe... tô brincando.

Não tenho nada da Legião. Mentira, uma k7 em que gravei algumas músicas do Música para acampamentos, mais ou menos em 1994, eu acho.

Mas meus amigos violeiros tocavam tanto, tanto, tanto, tanto... nem precisava ter o CD!

E outro dia, na esquecida banca de CD's das Lojas Americanas, eu quaaaaase levei um... nem sei que álbum era. Desisti pelo tamanho da fila pra pagar =/

Navegante disse...

Preciso fazer um tratado de todas as piadinhas que já ouvi por conta de 'Eduardo e Monica' ? :)

No mais, eu ADORO esse disco! Especialmente "Daniel na cova dos leões" e "Tempo perdido"

Unknown disse...

Também ouvi muito "Eduardo e Mônica", ainda mais porque na minha sala do colégio eu tinha uma amiga chamada Mônica, que não tinha nada a ver comigo (ela era do reggae, eu era do metal).

Legião é, para a nossa geração, um clássico! Podem tocar em rodinhas de violão à exaustão - ainda assim, é um clássico. E Dois é um dos melhores discos mesmo.

Abs!

Renata Fern disse...

Acho que já disse que não sou das mais fãs da Legião.. mas é indiscutível que algumas músicas marcaram muito. 'Tempo perdido' pra mim é a melhor de todas, a mais entusiástica. :)