Era uma tarde chuvosa de domingo, e eu estava sem a mínima vontade de socializar. Sabe aquela depressão básica de domingo? Pois é... Pra não piorar com a voz do Faustão ou a musiquinha do Fantástico, resolvi pegar um filme. Nome sugestivo: "Na natureza selvagem", dirigido pelo Sean Penn, do qual a crítica falou relativamente bem. Mal sabia eu que teria uma experiência sensorial tão rica e tão densa, que me deixou pensando na vida dias a fio. Mérito da chocante história de Chris McCandless, mas também da ESPETACULAR trilha sonora composta por Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam.A sensibilidade de Vedder para cada música se encaixar no contexto das cenas foi ímpar, e ao meu ver foi um dos grandes fatores para o impacto que o filme causou em mim. Ok, sou suspeito: adoro trilhas sonoras, sejam elas orquestradas, coletâneas ou autorais, e por isso mesmo vou falar de outras por aqui. Mas ouvi o mesmo de pessoas menos obcecadas por trilhas sonoras, provando que não é exagero meu.
A faixa que mais ouvi neste disco
Apesar de eu achar agora que "Guaranteed" é a música mais bela e impactante do filme, sem dúvida alguma a que eu mais ouvi foi "Rise".
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Para escrever a trilha, Penn procurou Vedder (já tinham trabalhado na trilha sonora de "I am Sam"), que leu o livro que originou o filme e ficou bastante interessado. Penn deu total liberdade para Vedder: "Faça o que você achar melhor. Pode ser uma música, podem ser duas, pode ser a trilha inteira". Em pouco mais de 1 semana, Vedder já tinha a trilha inteira pronta. Segundo ele, "foi assustadoramente fácil como eu consegui mergulhar na mente de McCandless, eu realmente pensava já ser um homem adulto (risos). Por causa disso, letra, melodia e até mesmo alguns arranjos vinham rápido a minha mente, como se eu fizesse isso todos os dias por 20 anos"
Um pedacinho do disco:
4 comentários:
Linda música! O clipe também é muito legal. Ótima escolha.
A letra da música também é linda, e tem tudo a ver com o filme
Eu também tive uma experiência sensorial quando assisti a este filme. Lembro que fiquei louca procurando saber mais sobre a crítica, making off e trilha. A constatação final é uma navalha, nunca vou esquecer: A felicidade só é real (ou plena?) quando dividida.
Simplesmente demais!
É verdade, o filme é muito provocante e questionador! INTENSO!
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