Era a virada para a década de 90, e o Paralamas estava em franca evidência nas paradas brasileiras. Vinham do grande sucesso de "Big Bang", puxada pela ótima música "Perplexo" (com tons caribenhos) e a excelente balada "Lanterna dos afogados". Por conta disso, começam a mirar alto: lançam o audacioso disco "Os Grãos" e fazem turnê pela América Latina. Na Argentina, fazem um tremendo sucesso. Aqui, apesar de lotarem os shows, vendem pouco.
Independente disso, eu esperava ansiosamente por esse disco. Ainda não tínhamos leitor de CD em casa, então assim que minha mesada permitiu comprei a bolachona preta. Botei pra tocar e... sei lá... O disco não é ruim, mas confesso que esperava bem mais. Na verdade, após 5 discos dos Paralamas o público meio que já tinha na cabeça uma expectativa. Talvez tenha se decepcionado, porque a mudança foi um tanto brusca.
Algumas músicas já nasceram hits, como "Trac trac", versão para sucesso do argentino Fito Paez, e "Tendo a Lua", até hoje uma das minhas baladas prediletas da banda, e ao meu ver ainda melhor e mais bonita do que "Lanterna dos Afogados". "Carro velho" também é uma música legal, e acho que fez menos sucesso do que merecia (embora tenha tocado nas rádios). "O rouxinol e a rosa" também é legalzinha, "Tribunal de bar" idem, mas é pouco pro que fizeram os Paralamas em sua carreira até então. Talvez seja implicância dos brasileiros, já que esse disco fez um grande sucesso na Argentina e no Chile, talvez seja o fato de já estarmos acostumados com a banda explorando mais guitarra e bateria do que essa ênfase em teclados. Mas é fato que esse disco não chega aos pés dos anteriores.
A música que mais ouvi neste disco
"Trac trac", que ao vivo é ainda melhor
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Carlinhos Brown é o responsável pela percussão na música "Carro Velho", muito antes da parceria para gravar o sucesso "Uma brasileira"
Um pedacinho do disco:
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