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quinta-feira, 28 de julho de 2011

#304 Metallica, "Reload"

Depois da frustração de "Load" e das polêmicas envolvendo a troca de músicas pela internet, os fãs estavam ansiosos pelo que poderia ser o "Reload". Segundo o Metallica, era um disco mais pesado e mais fiel aos tempos cabeludos. Seria uma redenção. Seria.

"Reload" aproveitou o material que não entrou em "Load", então o fã mais atento pode questionar o seguinte: "se 'Load' era fraco, imagina o que não entrou no repertório final". Então, é mais ou menos por aí. O repertório é levemente mais pesado, porém gira na mesma linha do CD anterior. Na verdade, senti que o álbum tem um objetivo do tipo: "ei, fãs cabeludos, vamos ser amigos de novo?". "Memory Remains", o primeiro single, apresenta a banda com o som mais vigoroso e tem um vocal feminino pela primeira vez na história do Metallica, a cantora Marianne Faithful. E a faixa 4 se chama "Unforgiven II". Peraí, o Metallica resgatou "Unforgiven", do lendário "Black Album", e criou uma continuação? Imagina se a moda tivesse pegado e surgissem "Iron Man II", "Number of the Beast II" etc? Caramba, essa sim foi uma jogada para torcida. Só que "Unforgiven II" é apenas legalzinha e ponto!

Na boa, "Load" e "Reload" foram dois equívocos do Metallica. Pronto, falei. Foram discos dispensáveis lançados em um momento turbulento da banda. A confusão artística continou ainda no "Garage Inc.", um álbum de covers de bandas de heavy metal, como Danzig, Motorhead e Misfits, por exemplo. Se não me engano, tinha até uma orquestra sinfônica tocando com eles. Nesse golpe, eu não caí mais.

A música que mais ouvi neste disco
"The Memory Remains" gruda que nem chiclete. Na reta final de "Reload", há um tesourinho chamado "Low Man's Lyric", que também é uma baladinha-nada-a-ver, mas é agradável.

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Bom, se havia uma divergência entre os fãs que acusavam o Metallica de terem se rendido à música comercial, "Reload" tira qualquer dúvida. Os caras queriam é dinheiro mesmo e vida que segue. "Load", "Reload" e "Garage Inc." venderam horrores. No final das contas, os fãs radicais que abandonaram o barco foram uma minúscula minoria. Foi tipo um PSOL.

Um pedacinho do disco

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