Tenho implicância com o rap. Pronto. Falei. Acho chato, repetitivo e muito mais "forma" do que "conteúdo". Claro que aquela indumentária gangsta, com óculos escuros, cordões de ouro e várias gostosas ao redor. É o sonho americano vestindo Armani. Mas (graças a Deus, sempre existe o "mas"), curto alguns representantes do estilo, como os Beastie Boys, o Snoop Dogg (o Mr. Catra made in USA), Orishas, Ice-T e o Public Enemy. Em ondas sonoras brasileiras, alguns conterrâneos se aventuraram por este estilo. Na minha opinião, os dignos de nota são os Racionais MC's, o Gabriel O Pensador e o Marcelo D2 - ao qual dedico esta resenha.
Na boa, Marcelo D2 ganhou meu respeito pela maneira como absorveu o que há de melhora da black music nacional (incluindo o samba) e processou tudo em um rap brasileiríssimo. O resultado foi o disco "À Procura da Batida Perfeita", lançado em 2003 e já um clássico. Com letras divertidas, musicalidade show de bola e sotaque (exageradamente) carioca, Dr. Marcelo rompeu o cordão umbilical com o Planet Hemp e conquistrou a sua emancipação artística e aceitação popular. O cantor bombou em rádios, MTV e foi convidado de programas de auditório. Algo impensável para alguém que foi preso por "apologia às drogas" no final dos 1990s.
No mainstream desde então, Marcelo D2 virou referência nacional e internacional. Ficou amigo de medalhões do cancioneiro gringo (como o Black Eye Pea Will.I.Am) e continua fazendo o que sempre fez: tirando onda.
A música que mais ouvi neste disco
"Qual É?". E eu te pergunto: "qual é, neguinho? Qual é?".
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Não posso me queixar da sorte. Já ganheiro prêmios em sorteio de festa da empresa e em promoção de rádio. Numa dessas, ganhei a discografia do Marcelo D2 em uma ação da OI Fm. além de três CDs, descolei um DVD na faixa.
Um pedacinho do disco
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