"Desilusão, desilusão. Dançou eu, dança você na dança da solidão"
Muitos conhecem os versos de "Dança da Solidão" na voz de Marisa Monte. Porém, esta pérola da MPB é de autoria de Paulinho da Viola e batiza um dos melhores discos de samba da nossa música – na opinião humilde do blogueiro, é claro.
Lançado em 1972, "Dança da Solidão" é um álbum de samba diferente. Mesmo completamente popular e com todas as influências dos sambistas da Portela, o repertório é altamente elegante. Paulinho elevou o samba a um nível superior e muitas das 12 faixas gravadas são clássicas até hoje. Exemplos? Anota aí: "Acontece" (Cartola), "Coração Imprudente", "Guardei a Minha Viola", "Meu Mundo É Hoje" e "No Pagode do Vavá".
Olha só, amigo(a) aí do outro lado da telinha, vou abusar da sua paciência e ser bem taxativo: "Dança da Solidão" é um álbum imprescindível na estante de quem quer compreender o samba e a música brasileira. É um marco, um ícone, sei lá. E outra: você encontra esse disquinho em muitas lojas de departamentos e supermercados da vida. Tá esperando o quê?
A faixa que mais ouvi neste disco
"Dança da Solidão" e "Acontece". Empate técnico.
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Teresa Cristina, uma das grandes discípulas de Paulinho gravou um disco duplo com os seus melhores sambas. Entre as canções, ela não cantou "Dança da Solidão", pois acreditou que Marisa Monte foi a intérprete definitiva da música.
Certo dia, tive o prazer de assistir a um jogo do Vasco ao lado de Paulinho da Viola. Foi uma partida entre Vasco e Fluminense em uma decisão de Taça Guanabara. Pois bem, naquela tarde, eu, rubro-negro convicto e fidelíssimo, torci pelo Vasco. Confessei...
Um pedacinho do disco
0 comentários:
Postar um comentário