Imagina uma maleta com 10 milhões de dólares. Talvez você nunca tenha chegado perto de um volume com esse montante, mas tenho certeza que sabe o valor e a importância dele. Assim era (e ainda é, de certa forma) a minha relação com Bob Dylan. Eu sempre soube do quanto o cara é essencial para a música e para a cultura pop em geral, mas nunca me aproximei muito. Um dos primeiros contatos foi "Highway 61 Revisited".
Confesso que o meu link com Bob foi o cover "Like a Rolling Stone", gravado por Mick, Charlie, Ron e Keith – os próprios Rolling Stones. Gostei tanto da canção que fui imediatamente estimulado a fuçar a obra do bardo. Em "Highway 61 Revisited", onde "Like a Rolling Stone" foi originalmente gravada, há uma porção de outras canções que tornam este disco essencial. Na própria discografia de Bob, "Highway 61 Revisited" é um marco, pois foi o momento em que ele abraçou a guitarra e abandonou um pouco a imagem de bicho-grilo-tocador-de-violão. Estamos falando de 1965, onde uma transição do acústico para o elétrico tinha um eco imenso entre fãs e críticos. Bob não deu bola para o que os outros pensariam e fez um discaço, com o que há de melhor na música americada: blues, country, jazz, folk e rock. Imprescindível!
A música que mais ouvi neste disco
"Like a Rolling Stone" me levou a este disco, mas "Tombstone Blues" foi a canção que ouvi várias e várias vezes.
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Já com certa admiração por Bob Dylan, muito graças ao excelente "Highway 61 Revisited", fui ao show dele aqui no Rio. Comprei o ingresso e me mandei para a HSBC Arena sozinho e com o coração aberto. Cara, acho que foi o pior show da minha vida. Arrastado e excêntrico, Bob "desconstruiu" e avacalhou todos os seus clássicos e abusou da voz pigarreada. Decepção!
Um pedacinho do disco
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