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domingo, 29 de maio de 2011

#244 Pearl Jam, "Pearl Jam"

No finzinho de 2005, o Pearl Jam passou pelo Brasil. Foi uma turnê extensa, com cinco shows em algumas das principais capitais brasileiras. A última apresentação foi no Rio de Janeiro, onde eu estava esperando por eles desde a 7ª ou 8ª série. Desde que descobri o "Ten" e me encantei pelo "VS". Desde que uma menina me deu um toco sofrido ao som de "Black" em um churrasco de colégio. Desde que comecei a faculdade ouvindo "Jeremy". Eu esperava pelo Pearl Jam desde antes de saber que eles existiam.

A comoção por um show da banda no Brasil mexia com muito mais gente que eu. Cada show era sold-out e cada setlist era diferente. Eu comprei ingressos com antecedência de fã-tiete-groupie. Comprei o meu e da minha então namorada. Queria que ela estivesse comigo naquela noite especial na Praça da Apoteose. Alguns primos que eu não via há anos vieram de longe (leia-se Manaus) para ver o Pearl Jam também. Acho que Eddie Vedder e sua trupe não sabiam o quanto o Brasil esperava por eles. Duvido!

O show encerrou a passagem do grupo por paragens brasileiras e lavou a alma dos milhares de fãs que lotaram a Praça da Apoteose. Meus primos ficaram trêbados. Eu fiquei extasiado. Minha então namorada ficou alheia. A onda dela era samba. Acredito que ela não compreendia a mística daquele momento para mim ou para os meus primos. Fiquei frustrado à beça. Muito mesmo. Lamentei pela indiferença dela e por ela não conhecer nada do Pearl Jam. Senti um puta abismo entre nós.

Além da lembrança imortal daquela noite, comprei uma camisa preta e, pouco tempo depois, o CD "Pearl Jam", que sucedeu à turnê. Disco bacaninha, mas nada de mais. Ficou a memória afetiva. Esta bolachinha azul com o abacate na capa me leva até aquele showzaço na primavera de 2005.

A faixa que mais ouvi neste disco
Gostei de "Marker in the Sand" desde a primeira audição. É tão... tão... bacana! Ela começa de uma forma mais agressiva e se torna suave, cadenciada. Gosto dessa virada dentro da canção. Ah, "Parachute" é linda também. Acho que ela é muito "Marisa Monte".

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Sinceramente, achei o disco bem "mais-ou-menos". Sabe o Ronaldinho no Flamengo? Tipo, o cara não tem jogado mal, mas não é genial, apesar de brilharecos. Comparação tosca, mas vá lá! O que eu quero dizer é que se fosse outra banda, seria um álbum legalzinho, mas sendo o Pearl Jam, ficou devendo.
Assim como o "VS", esse disco não teve o título na capa. Ficou "Pearl Jam" mesmo. Alguns o chamam de "Avocado", por causa do abacate que está na capa (dããããã).
"Big Wave" entrou na trilha sonora de um desenho de pinguins surfistas chamado "Tá Dando Onda". Filme fraco, por sinal.
O que encanta no Pearl Jam, mais do que o R.E.M. é acompanhar o amadurecimento dos caras. A forma como as canções se modificam com o tempo.

Um pedacinho do disco


2 comentários:

Surfista disse...

Ouvi um burburinho que o Pearl Jam volta ao Brasil ainda em 2011. Confere? Mito? Lenda? Realidade?

Navegante disse...

Eu ouvi também, e dessa vez não deixarei de ver (na outra eu comi mosca)

By the way, "Come back" é foda!