Tenho a impressão de que, antes de "Prenda Minha, Caetano Veloso era pop, mas não era popular. Explico: a quase onipresença de Caê na MPB é inquestionável. Como compositor, poeta, cantor e pitaqueiro, o baiano nunca esteve fora da cena musical e política. No entanto, faltava um disco que o colocasse naquelas listas dos 10 mais vendidos, nas FMs O Dia da vida e no cotidiano das pessoas mais simples. Eis que o citado álbum, lançado em 1999, cumpriu este papel. Sim, cumpre tão bem que comprei o meu exemplar em um camelô, no Centro do Rio. Achei surpreendente comprar uma bolachinha do filho da Dona Canô em uma barraquinha cheia de pagodes e funks.
"Prenda Minha", registro ao vivo que veio na sequência do disco "Livro", ganhou o coração do brasileiro menos erudito graças à fofa "Sozinho", obra de autoria do quase-brega Penina, clone do Chuck Norris. "Sozinho" tocou em tudo que é lugar (rádio, TV, MTV, festa agropecuária, casamento, batizado e o escambau) e Caetano vendeu discos como nunca antes.
No repertório, "Sozinho" não estava sozinha (com o perdão do trocadilho escroto). Entre as 18 faixas, você encontrava "Odara", "Luz de Tieta", "Terra", "Meditação", "Esse Cara", "Drão" e por aí vai. No melhor modelo tropicalista, Caê mistura tudo e, mesmo assim, faz um disco coeso.
A faixa que mais ouvi neste disco
Não foi "Sozinho", foi "Terra", escrita por Caetano durante a sua prisão, segundo ele conta no livro "Verdade Tropical".
Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Comecei a ler "Verdade Tropical", mas nunca terminei. Achei chaaatinho...
Durante o disco, Caetano cita trechos de "Verdade Tropical". Jabá criativo!
Um pedacinho do disco
3 comentários:
e eu achando que em homenagem ao #royalwedding ia ter aqui um álbum do ozzy osbourne...
Dei mole...
hehehehehe ia ser maneiro!
Postar um comentário