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quarta-feira, 27 de abril de 2011

#212, Body Count, "Body Count"

Já comentei aqui sobre as minhas visitas à encantadora capital mineira. Pois, foi em Belo Horizonte que conheci o som do Body Count, graças a um primo de sei-lá-que-grau. Ouvi e adorei!

Neste CD, o politicamente correto passa longe. "Body Count" é casca-grossa desde a capa, com o negão parrudo e armado. Nas letras, Ice-T e sua gangue detonam polícia, racistas e a sociedade americana com doses cavalares de palavrões. A parte musical é fenomenal também. Os vocais são ótimos e a parte instrumental são um porradaria só.

Sinceramente, tenho dúvidas se o Body Count foi o pioneiro do gangsta-rap, mas estou certo de que eles foram os responsáveis pela popularização deste estilo. Caso você não esteja familiarizado com este termo ou tenha morado na Groelândia nos últimos 20 anos, gangsta-rap é o rap com letras focadas em situações e temáticas violentas, como assassinatos, brigas de gangues, confrontos com a polícia e outros assuntos tenros e delicados. Ouso dizer que seria um equivalente made in USA do nosso querido "proibidão".

Ah, além das músicas, outra parada sensacional de "Body Count" são inserções de diálogos no melhor modelo Quentin Tarantino. O disco abre com o encontro entre Ice-T e dois policiais preguiçosos em um dia de chuva. Impagável!

A faixa que mais ouvi neste disco
Com refrão grudento e riff de guitarras cavernoso, "Body Count's in the House" é de arrepiar. Ao fundo, sons de uma perseguição de carros. Ah, "KKK Bitch" também é irada!

Presepada musical ou uma pequena curiosidade
Somente ao escrever este texto, eu descobri que "Body Count's in the House" fez parte da trilha sonora de "Soldado Universal", um dos melhores filmes do Van Damme. O melhor é "Grande Dragão Branco", sem sombra de dúvida.
Veja que ironia do destino. Ice-T sempre foi um crítico feroz da polícia americana. Hoje ele interpreta um policial no seriado "Law & Order: SVU"
Aliás, Ice-T também desenvolveu uma carreira razoável no cinema, mesmo que o papel quase sempre fosse de algum negão do gueto.

Um pedacinho do disco

2 comentários:

Navegante disse...

A música "Evil dick" (acho que é desse disco, não lembro agora) foi uma das protagonistas do maior porre da minha vida, quando eu tinha 18 anos

Surfista disse...

"Evil Dick" é uma pérola deste garboso CD.